Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Trabalho no Campo

Há 1634 familias inscritas no Programa Novos Povoadores.
Dessas, 101 familias já migraram com sucesso e 125 foram desaconselhadas a migrar.
Estão 1408 famílias a aguardar por um projecto migratório.

Um dado relevante, mas também curioso, é que uma parte significativa destas famílias pretende instalar um Turismo Rural, e são esses os negócios que têm mais dificuldade em ser instalados como se poderá verificar na nossa página das oportunidades.
Isso acontece porque os interessados em instalar esse tipo de negócios não têm competências, experiência, mercado e capital para esse objectivo.

Tal facto conduz-nos a outro desafio: idealizar negócios que estejam de acordo com o perfil dos candidatos, isto é, que correspondam ao sectores onde têm competências, experiência e mercado. E naturalmente, dimensionados para o capital disponível.

Há Música na Serra

O evento foi divulgado no Facebook com o título "Há Música na Serra".

Uma iniciativa da associação mais antiga da região da Guarda, a Sociedade Filarmónica Bendadense, na Freguesia da Bendada.

Antes da hora anunciada já a aldeia tinha muito mais gente que o habitual.
São Pedro ofereceu nessa tarde à Bendada o melhor clima que poderia existir: temperatura amena, céu azul com um esponjado a branco.
Subidos os primeiros 200 metros, e à hora combinada, o saxofonista Gilberto Costa começou por tocar uma música que dedicou ao seu pai, e o jornalista Nicolau Santos juntou-lhe a voz para ler poemas de Mário Cesariny.
À volta destes, 300 pessoas sentadas nas rochas para os escutar.

Terminado o primeiro momento, as pessoas debandaram para a Serra, numa subida íngreme, quais devotos da cultura musical.

Alcançado um novo patamar, duas jovens alunas começam a tocar clarinete.
Não se escutava outro som, e atrás delas a beleza de uma vista serrana onde se via a aldeia que tínhamos deixado para trás.

O grupo regressa à caminhada em direcção ao cume, até encontrar três jovens saxofonistas sob a batuta de São Pedro e uma paisagem de fazer parar a respiração.

Mais uma caminhada e nova concentração. Explicam nesta nova cota que esta era uma zona de transição entre a terra fria e a terra quente, e por isso moravam aqui as duas influências.
Escutámos dois cavaquinhos acompanhados por um adufe.
Aqui, a interpretação coube aos professores da escola de música, os rostos e a energia que alimentam a centenas de jovens aldeãos o sonho de uma carreira musical, à semelhança daquilo que ocorreu colegas mais velhos.
O cenário verde da serra estava apenas interrompido pelo ocre das rochas e pela policromia das roupas dos 300 peregrinos musicais.

Regresso à subida, e desta vez uma bonita Capela servia de albergue aos músicos.
Um jogo de cordas de violino e viola portuguesa encarregaram-se da sonoridade.

Por detrás desta Capela, um novo espaço. Toda a orquestra reunida num anfiteatro natural.
Os lugares sentados em rochas graníticas não asseguraram lugar para todos.
Mas foi aqui o espetáculo que se julgava ser o último desta tarde.
Não há palavras para explicar o que ali se viveu. Uma orquestra ao ar livre, numa Serra verdejante sob um clima ameno.

A melhor definição de Céu.

No regresso à aldeia, e com grupos mais espaçados, a atenção passa a ser as cores da vegetação. Aquilo que chamamos verde, na verdade era uma vegetação dominante daquela cor, mas com apontamentos de muitas outras cores, que só a Primavera saberia construir.

E é aqui que acontece o momento inesperado: um grupo de vozes, não mais de 10, no topo da Serra, canta a gratidão a Nossa Senhora do Castelo.
Um canto que atinge toda a aldeia, que é prática corrente aos Domingos após a Missa local.

Este evento é a imagem de uma nova ruralidade que está em construção.

Os 7 Mitos do Desenvolvimento Rural

O Desenvolvimento Rural é vítima de diversos mitos, que impedem os territórios rurais de alcançar a sua autonomia económica.
Porventura, no periodo anterior aos Fundos de Coesão, estes territórios gozavam de um poder que já perderam, estando totalmente dependentes da boa vontade do Poder Central e dos fundos comunitários.

1) Para que um concelho alcance o desenvolvimento, é necessário construir novas infraestruturas
Com este Mito, construiram-se centenas de multiusos, piscinas, cinemas e museus. O desenvolvimento não ocorreu nem necessitará deste hardware para que isso venha a acontecer.

2) Clusters Concelhios
A Capital da Rolha ou do Feijão Frade são a sintese das estratégias passadas sobre o desenvolvimento dos concelhos de baixa densidade.
Obviamente que nenhum concelho em Portugal tem a capacidade de se apresentar como a capital de alguma coisa.
Paços de Ferreira, que se tem assumido como o melhor exemplo desta estratégia, estaria condenado sem o contributo dos concelhos vizinhos.

3) Em territórios de baixa densidade, a função do Municipio é o de dar emprego
A função dos municipios é a gestão dos recursos sociais, para promoção da competitividade dos seus concelhos.

4) O Turismo vai salvar-nos
O Turismo não consegue salvar todos os concelhos portugueses. Óbidos é um caso bem sucedido, Lisboa e Porto não desiludem.
O Algarve, os Açores e a Madeira não são concelhos, mas sim regiões que estão unidas em torno de uma estratégia comum.

5) Precisamos de fixar jovens
Os jovens não querem fixar-se em territórios onde não conseguem ganhar rede profissional e de competências. E ainda bem, porque essa atitude leva-os a capacitarem-se em cidades à escala europeia.
Se os territórios de baixa densidade pretendem captar jovens, terão de instalar primeiro centros de competências que sejam vibrantes e "conectados" com outras cidades do Mundo.

6) Quem migra para o campo não precisa de ser competente
Se a área de competência do adulto é em design, a instalação de um negócio de agricultura biológica ou turismo rural estarão condenados ao insucesso.
Os territórios rurais precisam de empreendedores competentes e autónomos, capazes de criar novas dinâmicas nas suas áreas de experiência e competência.

7) Tendência é Destino
Se a tendência fosse destino, não seriam necessárias as políticas para o desenvolvimento.
O despovoamento é uma tendência mas não uma fatalidade.
Identificando as oportunidades empresariais para o território rural e empreendedores capazes de as explorar, a criação de emprego nestes territórios será a alavanca para o combate ao despovoamento.

Desperdício Humano

As crianças nascidas no segundo semestre do ano são menos felizes que as outras. E têm menos sucesso profissional.

Foi em 2008 que Malcolm Gladwell publicou o livro Outliers (publicado em Portugal pela Dom Quixote) onde explora esta evidência estatística.
Justifica este facto com a formação de turmas no primeiro ciclo, que junta os alunos do mesmo ano civil.
A consequência é uma aprendizagem fluente pelos mais velhos, e lenta pelos mais novos. E nesse contexto, com a maledicência natural dessa idade, os melhores sucedidos impõem o ritmo e as hierarquias nos primeiros anos de vida escolar.

As pessoas que nasceram no primeiro semestre chegam em maior numero a CEOs de empresas, a vedetas desportivas e a investigadores de renome.
Cristiano Ronaldo nasceu a 5 de Fevereiro, António Horta-Osório (CEO Lloyds Bank) e Fernando Carvalho Rodrigues a 28 de Janeiro.
Entre as figuras estrangeiras, Steve Jobs nasceu a 24 de Fevereiro, Stephen Hawking a 8 de Janeiro e Katharine Hepburn (a única actriz com 4 Oscars) a 12 de Maio.

Mais curioso ainda, é que nos países onde os alunos são separados pelos nascidos entre Setembro do ano anterior até Agosto do ano seguinte, as “crianças do Verão” são aquelas que têm piores notas, isto é, os nascidos entre Junho e Agosto.

Porque grandes problemas requerem soluções simples deixo neste artigo uma sugestão a todas as escolas da região: formação de turmas com alunos do mesmo semestre.

Tal solução permitirá interromper o ciclo actual de desvalorização dos nascidos no segundo semestre do ano.

Certificação ES+


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O Programa de Repovoamento Rural Novos Povoadores recebeu a Certificação ES+ no âmbito do Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social, uma iniciativa liderada pelo Instituto de Empreendedorismo Social e pelo Instituto Padre António Vieira, com a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, IAPMEI e INSEAD.

O Júri foi composto por representantes destas entidades e presidido pelo Prof Filipe Santos, responsável pelo recém criado Programa Operacional da Inovação Social.

Trata-se da única certificação em Portugal para as boas práticas de inovação e empreendedorismo social.

A atuação em rede com as congéneres europeias, revela-nos um perfil de famílias que projectam no meio rural o seu futuro: desejam o equilíbrio ambiental, social e económico, e encontram essa resposta na baixa densidade populacional.

Arquitectura em debate

Decorreu no passado dia 30 de Dezembro 2014 na Casa da Cultura de Figueira de Castelo Rodrigo o II Colóquio Ibérico de Arquitectura, um evento organizado pelo Município de Figueira de Castelo Rodrigo em parceria com a Associação das Aldeias Históricas de Portugal e com a colaboração da Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio.

Na mensagem de abertura pelo anfitrião, Paulo Langrouva manifestou a confiança pelo caminho que tem sido trilhado pelas Aldeias Históricas de Portugal e lançou as suas questões sobre o futuro destas aldeias: a autenticidade é um activo que precisa de gerar valor para as populações actuais, sob pena de colocar em risco a principal missão da nossa geração, a preservação do património material e imaterial dos nossos antepassados.

O primeiro painel, moderado por Pedro Machado, Presidente do Turismo do Centro, focou a importância dos agentes privados nesta dinamização, manifestando confiança na evolução positiva do turismo na nossa região.

A empresa Douro Azul é a primeira promotora de visitas na Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, e salientou o seu interesse na promoção dos produtos locais.
Uma parte significativa dos seus clientes pertencem a outros continentes, o que dificulta a venda de produtos de maior peso e dimensão pelas problemas de transporte.
Paulo Romão, CEO das Casas do Côro de Marialva, sublinhou a importância das experiências. “Se a experiência é boa e relevante, os clientes desmarcam outras viagens planeadas para aproveitar o que estão a viver e a sentir. Temos clientes que regressam às Casas do Côro quatro vezes no mesmo ano.”

O segundo painel, moderado pelo Presidente das Aldeias Históricas de Portugal, Rogério Alves, debateu as intervenções no Património Construído.
António Garcia Mendes, em representação da EDP Distribuição, referiu que as intervenções são reguladas por um contrato de concessão entre a empresa e os municípios.
Nesse âmbito, apresentou diversas intervenções nas Aldeias Históricas cujos objectivos visavam responder as necessidades funcionais e estéticas, para cumprimento da missão daquela empresa.

Paulo Fernandes, Presidente da Assembleia Geral das Aldeias Históricas de Portugal e autarca do Fundão, moderou o principal painel do Colóquio: A arquitectura.
Referiu que o custo por metro quadrado nas Aldeias Históricas ultrapassa o valor das sedes de concelho, denunciando com isto a qualidade percepcionada pelo mercado nas intervenções da Associação nestas aldeias.
A dupla de arquitectos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez, responsáveis na década passada pela intervenção nos equipamentos sociais de Idanha a Velha, destacaram a importância da multifuncionalidade dos equipamentos nestes lugares, bem como a responsabilização dos agentes locais pelas intervenções: “Para que serve um restaurante e uma praça de touros mono-utilização, apenas no dia da inauguração?”

Por seu lado, Pedro Brígida falou sobre as suas intervenções no espaço privado na Aldeia de Marialva.
Autor do projecto de turismo rural Casas do Côro, reconhecido em Portugal pelas suas elevadas taxas de ocupação, referiu as suas dificuldades pela ausência de um projecto de aldeia.
Associou a tolerância da população pelo vanguardismo das suas soluções em território rural às suas ligações familiares naquela povoação.

A concluir os trabalhos, Joaquim Feliciano em representação da Presidente da Comissão de Coordenação de Região Centro, destacou a qualidade das intervenções, pelas dúvidas que levanta no actual modelo de desenvolvimento destas aldeias, e reconheceu a sua valorização pessoal e profissional com os testemunhos dos arquitectos com dezenas de intervenções estéticas e funcionais sobre o edificado pré existente.
“Lamento que o meu filho não esteja aqui comigo. É estudante de arquitectura e sairia valorizado desta sessão que V. Excas. tiveram a ousadia de organizar”, rematou.

Rumo à Sociedade do Conhecimento na Comunidade do Nordeste de Segovia

O verdadeiro empreendedor não pede permissão: ele atreve-se a imaginar algo novo e melhor, e é capaz de causar, sem prévia autorização e de forma progressiva, uma mudança inesperada.

Jeffrey Tucker


Codinse é um grupo de acção local na região do Nordeste de Segovia, que compreende 119 aldeias, e que me convidou como orador numa conferência sobre as novas tendências e modelos de trabalho, que se realizou em Prádena, Segovia, a 10 dezembro de 2013. Este post é um resumo das mensagens que eu tentei transmitir no meu discurso.

Nada será como nós conhecemos. A crise sistémica, resultado de um modelo económico obsoleto e o surgimento da sociedade em rede, como nova forma de organização da sociedade e da economia, estão a levar-nos na direção de um novo modelo.
Descobrir e compreender as chaves para os novos códigos que farão o novo sistema de trabalho torna-se uma necessidade vital para fazer a diferença entre o sucesso a nível pessoal e profissional ou a exclusão desse sistema.
Nesta palestra, revisitei a nossa trajetória profissional, que nos levou a migrar para o nordeste de Segovia para aqui iniciar um novo projeto.
Vou tentar transmitir algumas chaves para a nossa visão que podem ser convenientemente utilizadas por qualquer empresário em idênticas condições. Nenhum projecto consegue vingar sem visão. Se quiser empreender, precisa de construir um modelo de negócio, com base na investigação e na integração em rede.
Uma empresa pode começar com um blog e uma rede de contactos. Construa o seu blog, independente do projecto, e comece a construir o seu sonho. As comunidades locais estão interligadas, criando novos contextos económicos e sociais que configuram uma sociedade mais livre, mais justa e igualitária.

Algumas dicas para aqueles que desejam empreender em meio rural:

- Desenvolva a sua iniciativa o mais cedo possível. Qualquer pequeno projeto juvenil e estudantil será muito criativo
- É aconselhável ter trabalhado numa empresa para aprender sobre como eles estão organizados, a disciplina, o esforço, etc..
- Invista o seu esforço numa área que o motive, que o apaixone, e sobre a qual tenha estudado e pesquisado, mesmo que auto-didata (a internet ajuda muito).
- Cada empresa tem de ter associada uma visão sobre o mundo, a economia, a sociedade e sua possível evolução. Sem visão, não há possibilidade de inovação. Sem inovação, a localização do seu projeto não irá fornecer o ponto diferencial que é preciso para ter sucesso.
- Faça o seu projeto. Escrever ajuda a refletir e permite a partilha. Abra um blog e use-o como o principal ponto de comunicação com potenciais parceiros, colaboradores, fornecedores e clientes. Trabalhe sua identidade e sua reputação na rede. Por detrás das redes virtuais são pessoas reais.
- Tente montar um projeto com as necessidades financeiras mínimas. Use o teletrabalho. O financiamento torna-se mais acessível depois de testado o modelo de negócio.
- O open source funciona. Não tenha medo de publicar os seus planos, metas atingidas, os planos de investigação. Procure a cooperação com outras redes. A cooperação é uma das chaves das novas empresas.
- Prepare-se para ter que enfrentar problemas, certamente muitos e maiores do que você pode prever nos seus cenários mais negativos. So vinga aquele que acredita nas suas competências. Tem de prever o cenário de fracasso. Ele quantificará o que é a perda máxima que pode pagar, em tempo e dinheiro.
- Tenha uma visão global, pense naquilo que pode melhorar na sua sociedade e na economia mais próxima. É sempre mais fácil conseguir clientes próximos antes de abrir mercados globais. Torne-se um sucesso local antes de procurar crescer no mercado global.

Visão sistémica sobre o futuro

Como vemos o mundo daqui a 20 ou 30 anos? Será que vamos ser capazes de lidar com muitos desses problemas sérios ao mesmo tempo? Será que estamos testemunhando o fim da sociedade e do consumo industrial? A degradação ambiental global é um problema que podemos solucionar?

A sociedade industrial terminou. E começou a sociedade do conhecimento. Os problemas podem-se tornar oportunidades. Precisamos virar a mesa, passar de pessimismo e resignação para ter um projeto e ilusão. Criatividade e imaginação são consolidadas como as habilidades mais rentáveis neste novo ambiente. O novo método de trabalho é baseado na cooperação e desenvolvimento coletivo.
O plano que propomos para sair da crise pode ser usado por qualquer pessoa, família, negócios ou a nível público. Mudanças para empreender são tão importantes que só podem funcionar se partirem da base, desde as mais simples. A segurança no emprego desapareceu, o conceito de trabalho está em questão, bem como o papel do Estado na vida quotidiana das comunidades ou a forma de realizar um projeto de negócio.

Uma estratégia para superar a crise: rumo a uma sociedade do conhecimento

Os três pontos principais dessa estratégia, a que chamamos Rumo à Sociedade do Conhecimento são:

- Ambiente: É considerada a natureza como o principal fator de produção e torná-lo o nosso principal parceiro. Na sociedade de conhecimento, os recursos naturais são explorados de forma a permitir que a natureza recupere, poupando-a da poluição. As sociedades mais prósperas nas próximas décadas serão aquelas que estão a resolver esta equação. As que não o fizerem tenderão a desaparecer e seus membros terão que migrar.
- Europa como uma estratégia para a localização económica: Embora a globalização tenha trazido prosperidade, que permitiu a muitas pessoas a saída da pobreza, uma sociedade que quer ter um futuro estável tem de participar no processo de globalização, mas também garantir que ela é capaz de gerar mercados rentáveis localmente. No novo modelo de produção, a auto-produção poderá proporcionar uma qualidade imbatível na vida e estabilidade para as comunidades que a praticam. É essencial para criar mercados locais, o e desenvolver produtos rentáveis que gerem valor para a comunidade.
- Sociedade de Desenvolvimento em Rede: Por algum tempo, a vida virtual tornou-se mais importante do que a real. Identidade e redes digitais formam um novo ambiente de comunidade onde tem havido uma tribalização da sociedade. O desenvolvimento da sociedade em rede articula criatividade e plataforma de empreendimento coletivo que permite o desenvolvimento e a prosperidade. O trabalho da sociedade em rede exige menos para o resultado que é mais, em busca de eficiência e sustentabilidade.

Como é que as áreas rurais em Castilla representam uma oportunidade nestes tempos de mudança de época?

Mudanças para empreender são tão profundas que podem criar grandes comunidades, outrora pequenas. O fracasso permanente de instituições, governos e estados para resolver os problemas existentes confirma a necessidade vital para desenvolvimento de outras estratégias que podem responder no curto prazo. O ambiente rural e o seu ecossistema podem ser um laboratório para a mudança, com maior potencial de sucesso que nas cidades.

Em Castilla, os povos de médio e pequeno porte podem combinar várias características que o colocam como um lugar idéoneo para o desenvolvimento da sociedade do conhecimento:

- Pela sua reduzida dimensão
- Por ter um ecossistema relativamente bem preservado
- Devido à sua localização. No caso do Nordeste Segovia, uma boa comunicação com uma grande cidade como Madrid um grande potencial
- Pelas virtudes ancestrais do seu povo: a sua capacidade de luta, sacrifício, trabalho, austeridade e espírito de comunidade

A combinação de vida dos nossos avós com a sociedade em rede pode levar-nos a conceber uma nova forma de vida sustentável e rentável, e tornar-nos mais felizes.

Sobre a necessidade de desenvolver a sociedade em rede em áreas rurais de Castela
Como podemos virar o jogo imediatamente? Como podemos passar de pessimismo e resignação para ter um projeto emocionante e futuro?

Nós apenas temos que ser capazes de ousar imaginar um futuro melhor, e que será necessariamente diferente. Criatividade e partilha através da sociedade em rede.

Já tem uma ideia?

Partilhe na rede.

Precisamos de agentes ativos, capazes de escrever, pensar e partilhar online. Criar uma blogosfera ativa. Talento chama talento. Faça um blog, pois é rápido e barato. Uma mudança numa minoria comprometida pode causar uma reflexão coletiva. A conversa cria redes distribuídas. Comunidades a criar redes. A comunidade é o motor da sociedade do conhecimento.

A ausência de uma blogosfera ativa no Nordeste Segovia é uma grande lacuna, mas por sua vez, e também aqui se torna numa oportunidade.

Quem é o público-alvo para repovoar as aldeias de Castilla?

- Aqueles que já cá estão e as suas famílias: a necessidade de treinar e participar na mudança
- Aqueles com actividades offshore (teletrabalho, ...)
- Aqueles que estão desempregados

in Pan Y Trillar, Jorge Juan Garcia

Políticas de Acolhimento discutidas em Bruxelas


Realizou-se no dia 12 de Novembro uma conferência sobre políticas de acolhimento em territórios rurais no âmbito do projecto de cooperação Philoxenia Plus no Comité das Regiões em Bruxelas.

Estavam presentes organizações de vários países, entre os quais Grécia, Espanha, Itália, França e Estónia na qualidade de parceiros do referido projeto.

De Portugal, participaram a Confederação Nacional de Jovens Agricultores e o Programa Novos Povoadores.

Os principais aspectos que retemos deste encontro são:

1) Cooperar para repovoar: a problemática do despovoamento não conhece fronteiras e, apesar de não existir uma solução definitiva, existem iniciativas com resultados concretos que merecem ser testados e transferidos para outras regiões;

2) Importância de alertar os responsáveis políticos europeus para considerar as medidas de incentivo ao reequilíbrio dos territórios rurais enquanto vector transversal dos apoios comunitários.

3) Criação de uma associação europeia que sirva para dinamizar a rede, exercer lobby e sintetizar as boas práticas associadas a esta temática;

Destacamos ainda como factor positivo os contactos estabelecidos, nomeadamente os responsáveis pelas iniciativas Collectif Ville Campagne e Soho Solo, cujo trabalho é considerado a referência em matéria de políticas de acolhimento.

Finalmente, apraz-nos registar que a visão e a metodologia veiculada no programa Novos Povoadores está alinhada com as práticas de maior sucesso a nível europeu, o que nos faz acreditar que estamos no caminho certo.

Greenfest

Este ano, os Novos Povoadores são parceiros do GREENFEST.

Inspirado no formato americano, este evento em Portugal conta com Pedro Norton de Matos como mentor e celebra a 7ª edição em 2014.

É o maior evento de sustentabilidade do país e celebra anualmente o que de melhor se faz ao nível da sustentabilidade nas vertentes ambiental, social e económica.

Posicionam-se como uma plataforma de partilha de ideias e experiências e abordam as tendências do nosso tempo. Dão 'palco' a empresas, autarquias e cidadãos que se preocupam com o futuro.

O GREENFEST decorre desde a sua primeira edição no Centro de Congressos do Estoril e é uma iniciativa que conta com a organização da Câmara Municipal de Cascais e do Grupo Gingko.

No Domingo, estaremos no Centro de Congressos do Estoril a atender alguns inscritos nosso programa.

Ficaríamos satisfeitos se pudermos encontrar-nos por lá!

Assinatura do Convénio Ibérico para o Repovoamento Rural

Foi hoje assinado o Convénio Ibérico entre o Programa Novos Povoadores e a Fundación Abraza La Tierra, na Vila de Alfândega da Fé.

A partilha de conhecimento entre as organizações congéneres e a fundação de uma rede europeia para o repovoamento rural são os principais objectivos para a celebração deste Convénio, que tem por objeto a colaboração entre as entidades identificadas, na prossecução dos seguintes objetivos comuns:
a) Promover a criação de uma Rede Europeia de promoção do repovoamento do meio rural;
b) Identificar e partilhar ferramentas de combate ao despovoamento das zonas de baixa densidade;
c) Oferecer informação sobre opções de emprego, autoemprego e/ou habitação;
d) A participação conjunta em encontros e campanhas de sensibilização social que fomentem a chegada de novos povoadores e empreendedores ao meio rural contribuindo para travar o despovoamento.

A cerimónia foi presidida pela Dra. Berta Nunes, autarca anfitriã, e contou com a presença de diversas entidades envolvidas com a problemática do despovoamento rural, nomeadamente as autarquias, associações Leader e instituições de ensino superior, nas áreas geográficas de influência das intervenções.

Discurso integral de Alexandre Ferraz, representante do Programa Novos Povoadores.
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