
O conceito pretende induzir uma nova dinâmica nos territórios de baixa densidade. Uma iniciativa muito ao estilo de um gabinete para a captação de investimentos, neste caso, captar novos residentes empreendedores com características capazes de induzir DINÂMICAS significativas tornando os territórios de interior mais competitivos.
Em Portugal, 42% da população vive em 5% do território. Apenas 3,5% da população vive em cidades médias: Coimbra e Braga. Isto significa que 42% da população vive imobilizada sobre si e 54,5% da população no "interior profundo". Segundo dados da ONU, em 2040 a situação será ainda mais caótica: 69,2% da população portuguesa viverá nas duas áreas metropolitanas.
Significa que cerca de 85% do território nacional enfrenta, graves problemas demográficos, com o abandono de muitas aldeias e a continua desertificação de muitas vilas e cidades do interior do País.
A problemática do despovoamento ganha cada vez mais relevância. A tónica do ordenamento do território continua focada na concentração nas áreas metropolitanas, desconhecendo-se uma politica de sustentabilidade para os territórios de baixa densidade. A polarização em torno de cidades médias é uma medida racional mas passamos a ignorar uma parte significativa do território nacional. Estão as regiões periféricas condenadas ao abandono? Que oportunidades se podem desenhar no quadro de uma Europa mais dilatada e de uma economia cada vez mais competitiva?
O projecto Novos Povoadores posiciona-se num espectro bem específico entre as pessoas que estão cansadas de viver sob constante pressão na cidade e por outro lado, territórios necessitados de pessoas qualificadas com energia e capacidade para empreender.
Trata-se de um criterioso processo de mediação que assegura uma transição acertada (ou adequada) face às expectativas que a pessoa traz consigo. É necessário apoio na procura de habitação, na escolha do estabelecimento de ensino para os filhos, no encaminhamento para as diferentes repartições públicas, e fundamentalmente no apoio à instalação do novo negócio ou implantação de uma delegação/sucursal do local de trabalho anterior. Simultaneamente, exerce-se alguma pedagogia junto dos habitantes no sentido de acolher o novo residente para facilitar a sua integração.
Objectivo Geral
- Reduzir assimetrias regionais.
- Promover o êxodo metropolitano em nome do incremento da qualidade de vida para a população e na redinamização dos territórios de baixa densidade populacional.
Objectivos Específicos / Resultados Esperados
- Apoiar micro-empresários e trabalhadores independentes para sediarem a sua actividade em territórios de baixa densidade
- Seduzir grandes organizações para a transferência de alguns serviços nestes territórios