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Êxodo Urbano já chegou à cidade do Porto

Francisco Assis reclamou, na última Assembleia Municipal do Porto, medidas de combate à “desertificação da cidade”.

A cidade do Porto, tal como Lisboa, sofre de ausência de qualidade de vida, provocando uma “debandada” na sua população. A este “Êxodo Urbano”, designação técnica para este movimento que se iniciou nos finais da década passada, não será estranho o arrefecimento económico em Portugal. Isto é, os sacrifícios sociais e económicos impostos pelas grandes cidades deixaram de ser economicamente compensados com boas retribuições salariais.

Julgo, por isso, tratar-se de demagogia politica pedir tais medidas ao executivo municipal, uma vez que não estarão nas suas capacidades a implementação de algumas medidas fundamentais que se indicam a título de exemplo:
- Regulamentar o custo dos diversos serviços de primeira necessidade prestados pelo sector privado, nomeadamente creches e ATLs, cujos índices atingem os 500% quando comparados com os praticados nas cidades do “interior”;
- Incapacidade de ajustar os custos habitacionais aos praticados num raio de 40 kms
- Reduzir a entrada a 100.000 viaturas diárias na respectiva cidade, por forma a reequilibrar a sua qualidade ambiental;
- Replantação de 100.000 árvores no respectivo município, por falta de espaço físico para o realizar
- Etc.

Não é por isso expectável que as áreas metropolitanas voltem a atingir valores populacionais tão elevados como na passada década de 90, numa era em que as autoestradas da informação permitem a deslocalização de grande parte do sector terciário e da totalidade do sector quaternário. Isto é, o conceito geográfico de proximidade entre o sector produtivo e os seus consumidores deixou de fazer sentido para a maioria da trabalhadores dos últimos sectores de actividade.

As grandes cidades são hoje pólos inquestionáveis de história e cultura, para além de detentoras de boas acessibilidades, devendo por isso explorar de forma qualitativa e quantitativa as suas potencialidades turísticas, quer na área da cultura e património quer no turismo de negócios.
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