Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Inovação contradição

Plano Tecnológico, Simplex, protocolo com o M.I.T, protocolo com a Microsoft... tudo para colocar Portugal na via da inovação.
O desígnio do país associa-se definitivamente ao conceito Inovação nos próximos anos.

Contudo, no blog dedicado à inovação e Inclusão, parece-me oportuno analisar o conceito e tentar alargar o espectro sobre o que parece ser a missão de uns quantos iluminados.
Incomoda-me que seja constantemente associado o conceito de inovação às novas tecnologias, electrónica, sistemas de informação... Significaria que as pessoas sem domínio das ciências informáticas, bioengenharias, micro-nano-tecnologias e outras ciências binárias, estariam afastados desta prioridade nacional.

Deixo portanto uma questão:
Num período em que se privilegia a inovação, há lugar para pessoas que não sejam peritos em microinformática, desenvolvimento de software,etc..., inovar?

Para além de info-exclusão, corremos o risco de "inov-exclusão", quando na realidade se nos colocam desafios em todos os sectores. É possível inovar em gestão? em comunicação? e no artesanato? agricultura? turismo? ensino?
Mais do que na forma e nos métodos, devemos também pensar e repensar conteúdos. Inovar na acepção de introduzir mais valia como forma de nos tornarmos mais competitivos.

Inovar com tradição?
É preciso lembrar que há um país distante dos pólos de investigação e dos centros tecnológicos. Gostaria portanto de ver a ruralidade inserida nos meandros da inovação. São extraordinários os desafios que se nos colocam. Para além da necessidade de estar na vanguarda dos progressos na ciência e tecnologias, temos o dever de confrontar inovação com um Portugal rural. Contradição? Na verdade, trata-se transformar inovação numa tradição, compromisso de uma geração para atenuar assimetrias interior/litoral.

Tavira prepara cooperação com empresas espanholas


Na passada sexta-feira, dia 13, o Clube de Tavira fez a apresentação pública do estudo “Oportunidades de Negócio e Inovação no Concelho de Tavira”, integrado no projecto OTCE II – Iniciativa Comunitária INTERREG III – A. A iniciativa, desenvolvida pelo município de Tavira, em colaboração com o de Palma del Condado (Espanha), tem como objectivo promover e estabelecer sinergias de cooperação transfronteiriça entre as empresas instaladas naquelas cidades. No âmbito das acções integradas neste projecto, este estudo pretende avaliar o território de Tavira e equacionar as potencialidades de negócio e os quadros de intervenção municipal na promoção e oferta do seu território.

in Jornal do Algarve

Curia recebe novo Centro de Inovação da Microsoft


É hoje inaugurado o Centro de Inovação da Curia, resultado da colaboração entre a Microsoft, a Universidade de Aveiro, a Agência de Desenvolvimento Regional, da Web para a Região Centro (WRC) e a Associação de Informática da Região Centro (AIRC), cujo objectivo principal será o desenvolvimento de software para a gestão autárquica.

Este centro é promovido pela Microsoft que dará apoio nas áreas de formação, arquitectura das soluções a desenvolver, assim como na integração das mesmas na rede MIC - Microsoft Innovation Centres - que realiza iniciativas de Investigação e Desenvolvimento conjuntas entre centros e universidades. A gestão do centro estará a cargo da AIRC em conjunto com a WRC e com a Universidade de Aveiro.

A criação do Centro de Inovação da Curia surge no seguimento do protocolo assinado pelas entidades referidas cuja missão assenta na "constituição de um Centro de Desenvolvimento de Software.Net que apoiará a construção de soluções inovadoras de Gestão Autárquica, promovendo a divulgação das soluções produzidas pelo Centro de Desenvolvimento", refere a Microsoft em comunicado.

Este centro irá integrar uma rede de centros de inovação nos quais se inclui o Centro Microsoft para o Desenvolvimento da Linguagem (MLDC), inaugurado em Novembro do ano passado, assim como o Centro de Excelência.Net/Via Tecla na Universidade de Évora e os Centros de Desenvolvimento da rede RECET, criados no seguimento do Memorando de Entendimento entre a empresa de Bill Gates e o Estado português.

Pela primeira vez serão integrados interfaces de língua portuguesa em software de gestão autárquica, havendo ainda a possibilidade de alargar esse mesmo interface a variantes do português falado nos países de língua oficial portuguesa.

A cerimónia de inauguração contará com a presença do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e Inovação, Prof. Castro Guerra, do Presidente da WRC e da Agência de Desenvolvimento Regional, Engº João Vasco Ribeiro, do Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Prof. Litério Augusto Marques e do Presidente da AIRC, Dr. José Marques.

in tek.sapo.pt


Ainda sobre este tópico:
http://www.litoralcentro.pt/

Jack Nilles comenta msg sobre telecentros!


Jack Nilles, pai do conceito Teletrabalho, comenta ideia dos Telecentros na Beira Interior.

I have long felt that home-based telework in Europe and Asia would be more difficult than in the US because of the disparity in home sizes (250 sq.m in the US vs 100 sq.m in Europe and less in most of Asia). So I was always surprised when I visited Europe to see so many home-based teleworkers. I think that you are still right; there needs to be more effort on developing neighborhood and regional telework centers. One of the chapters in my book Managing Telework concentrates on the issues of marketing telework centers.

Best regards,

Jack Nilles

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Jack M. Nilles
JALA International, Inc.
jnilles@jala.com
www.jala.com
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Madrid, acessos para todos

A autora do blogue Monólogos & Diálogos esteve recentemente em Madrid para assistir ao grande concerto do George Michael. Questionei-a sobre o que teria identificado, em termos de organização e funcionamento da cidade madrilena, que denunciasse uma aptidão superior ao existente nas nossas grandes cidades.
A resposta, que se segue, orientou-se na direcção das acessibilidades dos cidadãos com necessidades especiais.

Não é preciso ser muito perspicaz para perceber que, em Madrid, há acessos para deficientes motores em variados locais. Restaurantes, museus, teatros, cafés, entre outros locais, estes meios existem. Sejam rampas ou cadeiras elevatórias eléctricas, estes acessos fazem parte do dia-a-dia madrileno e a sua presença não é indiferente a ninguém. Não há dúvida que nuestros hermanos dão mais atenção e se preocupam mais com todos os seus cidadãos do que os portugueses, pelo menos na capital daquele país. Por terras espanholas eliminar os obstáculos com que os deficientes se deparam diariamente parece ser uma preocupação que pretende deixar de o ser.

Não há quem não tenha ouvido histórias sobre deficientes motores que tiveram dificuldade de acesso a um local público ou de lazer.

A enorme escadaria do teatro onde está em exibição o musical de sucesso Mamma Mia, na Gran Via, poderia ser um obstáculo para um cidadão que circule numa cadeira de rodas. Mas a cadeira elevatória eléctrica na mesma entrada prova que este espectáculo é acessível a todos e que não há cidadãos de primeira nem de segunda no que diz respeito ao entretenimento. No Museu Nacional do Prado cadeiras semelhantes às descritas dão acesso a uma vasto espólio de pintura para todos. O restaurante Bazaar (onde a nouvelle cuisine é levada ao extremo) tem acesso a todos os que quiserem desfrutar de um ambiente moderno, fashion e encantador.

No decorrer da visita à capital espanhola várias vezes verificámos que esta cidade pretende estar ao alcance de todos os cidadãos e que a quebra de barreiras é uma preocupação constante dos senhores que guardam consigo o poder de decidir sobre estes assuntos. Pena que em Portugal esta situação ainda seja tão desprezada e negligenciada! Temos mesmo aqui ao lado quem nos saiba dar algumas lições sobre este assunto.
Saudações virtuais
BlueAngel



Muito obrigado pela tua contribuição!

Na rota da inovação

A capacidade de integrar tecnologias e gerar soluções para problemas complexos constitui um nicho de negócio em que Portugal pode ter cada vez mais reconhecimento e visibilidade global.


Não foi por acaso que a Comissão Europeia escolheu Portugal para organizar conjuntamente o primeiro Seminário de Alto Nível sobre boas práticas no âmbito da Agenda de Lisboa. Sob o lema ‘Excelência e Parcerias para uma Europa Inovadora’, uma dezena de boas práticas foram apresentadas. Dessas, duas são portuguesas. A primeira resulta da promoção de condições favoráveis à criação de empresas inovadoras, domínio em que Portugal foi recentemente classificado como ‘Top reformer’ pelo Banco Mundial. A segunda, partilhada com Espanha, é a criação de um Instituto Internacional de Investigação no domínio da Nanotecnologia, que reunirá 200 investigadores de alto nível - 1/3 portugueses, 1/3 espanhóis e 1/3 recrutados a nível mundial.

Também não foi por acaso que Portugal foi escolhido para a realização em Dezembro da Cimeira Europeia de Capital de Risco, na qual 200 investidores e instituições de investimento de toda a Europa discutirão tendências emergentes nos mercados das biotecnologias, das tecnologias da informação e da energia e interagirão com 150 empresas inovadoras - entre as quais 50 portuguesas - em busca de financiamento. Esse evento, que congrega em simultâneo quatro iniciativas no domínio do capital de risco e um concurso de empresas inovadoras, marca uma nova etapa na relação da economia portuguesa com as faixas mais dinâmicas da economia europeia e mundial.

O desenvolvimento acelerado do processo de globalização colocou Portugal - uma pequena economia aberta e fortemente exposta ao comércio internacional - perante um extraordinário desafio de modernização. Sem poder continuar a competir com base nos baixos custos dos factores de produção e sem dispor de uma base de qualificação capaz de fazer a diferença, Portugal apostou numa agenda de inovação e de modernização tecnológica, de forma a poder intervir no jogo da competitividade em pé de igualdade com as economias mais desenvolvidas.

Com o Plano Tecnológico e a resposta estimulante que instituições e sociedade civil têm dado à sua agenda, Portugal pode ambicionar ter de novo uma palavra a dizer como território de oportunidade e inovação. Na recente visita a Espanha, o Presidente da República surpreendeu o Rei de Espanha oferecendo-lhe um produto inovador de concepção portuguesa. Aí testemunhei como muitos empresários portugueses inovadores surpreenderam os espanhóis pela qualidade dos seus projectos e propostas de negócio. A capacidade de integrar tecnologias e gerar soluções para problemas complexos constitui um nicho de negócio em que Portugal pode ter cada vez mais reconhecimento e visibilidade global.

in Expresso, Carlos Zorrinho, Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico

Inovação & Inclusão: "Segunda habitação"?

Muito se escreve sobre as segundas habitações.
Na maioria dos casos associam-se às segundas habitações o conceito de Turismo...

Os tráfegos rodoviários nas autoestradas portuguesas mostram outra realidade: As segundas habitações são cada vez mais as casas que as familias detêm nas cidades.

Isto porque os referidos dados revelam que as viaturas que abandonam as grandes cidades ao fim de semana, em periodos superiores a 1 dia, regressam cada vez mais tarde (segunda e terça feira) e partem cada vez mais cedo (quarta a sábado).

Surge no entanto a seguinte dúvida no estudo destes dados: Porque motivo não estão a reduzir os alunos nas escolas das cidades contra o crescimento nas regiões periurbanas (deduzindo-se assim que a familia estaria alojada nessas regiões e apenas um membro da familia estaria a habitar a residência da Cidade)? Serão estes casos referentes a casais em idade de pré reforma?

Por outro lado, soube recentemente que as "regiões rurais" na periferia das áreas metropolitanas estão com taxas de crescimento na população estudantil a atingir os 150%/ano: Será esta tendência justificada com os custos habitacionais das áreas metropolitanas? Estarão os quadros médios das organizações a ganhar independência geográfica das suas empresas, acedendo às suas "áreas de trabalho" a partir de soluções de redes privadas virtuais (VPN)? Serão exclusivamente os vendedores e os estudantes os clientes das soluções de internet móvel?

Regiões Inovadoras na Europa



"A rede de Regiões Inovadoras na Europa é uma plataforma de colaboração e intercâmbio de experiências entre regiões que estão em desenvolvimento ou a implementar estratégias de inovação com abrangência regional.(...)"

Visita obrigatória a quem se interessa por desenvolvimento regional.

Multinacionais, clusters e inovação

Ana Teresa Tavares-Lehmann e Aurora Amélia Castro Teixeira, docentes da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e investigadoras do seu Centro de Estudos Macroeconómicos e Previsão (CEMPRE), vão lançar na próxima segunda-feira o livro "Multinationals, Clusters and Innovation: Does Public Policy Matter?"
A sessão de apresentação, a cargo do Reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, e do professor catedrático da Universidade de Glasgow, Stephen Young, terá lugar no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto às 20 horas. A obra, em inglês, é publicada pela editora internacional Palgrave Macmillan

"Multinationals, Clusters and Inovation: Does Public Policy Matter?" examina as políticas públicas adoptadas pela maioria dos países para atrair investimento directo estrangeiro (IDE), estimular a formação de “clusters” empresariais e fomentar a inovação. São investigadas as actividades de multinacionais estrangeiras, bem como o seu impacto, especificamente no que concerne à sua contribuição para a inovação, para o desenvolvimento de aglomerações industriais, e para o estabelecimento de ligações (materiais e intangíveis) com o tecido local.

A eficiência, adequação, e suficiência destas políticas é discutida em profundidade neste volume, que também propõe, nos seus vários capítulos, propostas de políticas concretas para fomentar o impacto positivo deste tipo de empresas. Um leque variado de experiências, e respectiva evidência empírica, são apresentados, cobrindo uma multiplicidade de contextos, países e sectores.

in Ciência Hoje

Um regresso às origens

Agricultura biológica é âncora do Valmonte, que tem Espanha como meta

As videiras acabaram de ser vindimadas na quinta de Borba com 27 hectares que alberga o Hotel Valmonte. Os hóspedes também foram convidados a apanhar e a pisar uvas. “O vinho é um elemento fundamental do nosso conceito turístico de regresso às origens”, esclarece Artur Lourenço, o empresário que transformou um ermitério do séc. XVIII “que era uma ruína” num hotel de charme com 14 quartos, após investir de 2 milhões de euros “sem quaisquer ajudas”.

A grande marca do projecto hoteleiro é a agricultura orgânica que lhe serve de suporte. Além de vinho, aquela quinta produz azeite e todo o tipo de legumes e frutas, como maçãs, nêsperas, figos, ameixas, romãs ou melões “com estrume de cabra ou ovelha”, inteiramente para consumo dos hóspedes. “Tudo o que se come aqui são produtos naturais e é feito por cozinheiras do antigamente. Os ovos são das nossas galinhas e o porco preto do nosso vizinho”.

O Hotel Valmonte inaugura oficialmente em Novembro, e se tiver boa aceitação irá marcar o arranque de uma cadeia, que pode vir a abrir umas seis unidades em Espanha, segundo os cálculos do empresário. “Dentro de um ano já saberei se o conceito funciona. Mas julgo que poderá chegar a quatro hotéis em Portugal”, adianta Artur Lourenço, que já identificou o Douro como local privilegiado para outro hotel com o mesmo tipo de atmosfera.

Neste projecto, cuja marca também está nas obras de arte espalhadas pelas salas, no Spa com vista para as laranjeiras ou na simpatia do pessoal alentejano - para não falar nas plantações de lúcia-lima, alfazema ou rosmaninho que dão o nome aos quartos -, os turistas espanhóis são um mercado-alvo.

Proprietário da Sittis, empresa de motivação humana com escritórios em Portugal e Espanha, Artur Lourenço já garantiu a ocupação do hotel em Borba por vários meses com formação para quadros de grandes companhias. Também aqui se marca a diferença: “Despimo-los todos logo na recepção, tiramos-lhes os telemóveis, brincos e relógios. Vão ter de sobreviver como se fossem monges e fazer a sua própria comida. No fim deste retiro, vão repensar a sua actividade com outros olhos”.



in EXPRESSO, Conceição Antunes
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