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Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Fujitsu cria 300 empregos qualificados

Empresa japonesa expande em 2008 centro de atendimento de Lisboa que dá suporte a 106 países e 13 línguas
A Fujitsu Services vai investir 10 milhões de euros em 2008 na ampliação do Centro de Competências de Service Desk de Lisboa que vai passar dos actuais 200 para 500 colaboradores. A parte de leão deste investimento (80%) será canalizado para melhoria de recursos humanos, incluindo salários, formação, recrutamento e gestão, sendo o restante aplicado na adaptação das actuais instalações do Green Park em Lisboa.

Em cada um dos anos subsequentes a empresa projecta investir mais 4,2 milhões de euros na formação contínua e desenvolvimento de competências específicas. “Vamos criar valor e formar quadros de elevada qualificação tecnológica”, considera Andrew MacNaughton, director-geral da Fujitsu Services para a EMEA (Europa, Médio Oriente e África).

O centro da Fujitsu em Lisboa presta serviços de suporte nas áreas de aplicações e infra-estruturas de tecnologias de informação a cerca de 40 mil utilizadores (em 13 línguas de 106 países), de grandes empresas como a Reuters ou a BP. Para assegurar uma cobertura 24 horas por 7 dias da semana, funcionará em articulação com centros Fujitsu da Malásia e dos EUA. “As equipas são polivalentes e de diversas nacionalidades, devendo a equipa portuguesa representar cerca de 80%”, refere Andrew MacNaughton, director-geral da Fujitsu Services para a EMEA (Europa, Médio Oriente e África), adiantando que têm sido recrutados muitos emigrantes portugueses de segunda geração que têm a vantagem de ser fluentes na língua do país de acolhimento. “O domínio da língua é fundamental de forma a conseguirem uma compreensão e resolução rápida dos problemas dos utilizadores”, salienta o dirigente da Fujitsu Services.

Além da apetência dos portugueses para falar diversos idiomas, a escolha do nosso país para instalar este centro «nearshore» (deslocalização para perto, por oposição ao «offshore», para a Índia ou China) deve-se, segundo Andrew MacNaughton, ao custo mais reduzido da mão-de-obra portuguesa e à sua capacidade em “ integrar rapidamente equipas de trabalho”. E também destaca a “proximidade geográfica com os grandes centros de decisão europeus” e o “forte alinhamento cultural”. Até agora, os centros de suporte da Fujitsu situavam-se na Holanda, sendo a estratégia da empresa apostar em Portugal e na Irlanda do Norte, por ser o local escolhido para a prestação de serviços à Administração Pública do Reino Unido (a qual não vê com bons olhos a deslocalização de serviços públicos para países terceiros). Entretanto, a empresa estuda uma terceira localização no Leste europeu.

Andrew MacNaughton refere, por outro lado, que o «nearshore» está a recuperar terreno ao «offshore». “Alguns centros de «helpdesk» que tinham sido deslocalizados para a Índia estão a voltar para a Europa pelo facto de os indianos, apesar de serem fluentes em língua inglesa, terem um sotaque que muitas vezes não é entendido pelos britânicos”.

Por outro lado, Andrew MacNaughton mostra-se agradado com o desempenho comercial da subsidiária portuguesa da Fujitsu Services, que tem ganho importantes contratos na área do retalho e da Administração Pública. Embora manifeste preferência pelo crescimento orgânico, não descarta a possibilidade de acelerar a expansão em Portugal através de alguma aquisição táctica, a exemplo do que aconteceu recentemente na Alemanha com a aquisição da TDS e em França com a compra da GFI. “Temos tido um crescimento médio nos últimos três anos de 17%, sendo 12% orgânicos e os restantes 5% por aquisições”, refere.

Sobre as tendências actuais do mercado, o director-geral da Fujitsu EMEA observa que o crescimento do BPO (Business Process Outsourcing, ou externalização de processos de negócio) na Europa está aquém das expectativas dos analistas. “É no «outsourcing» de tecnologias de informação que observo mais oportunidades”, observa, considerando que em Portugal o mercado vai expandir-se no sector bancário como resultado de eventuais consolidações e também na área da saúde.

in Expresso, João Ramos

APOSTAR NAS PESSOAS

80%
dos 10 milhões que a Fujitsu Services vai investir em Portugal em 2008 serão gastos nos recursos humanos, nomeadamente na qualificação e valorização das competências dos 500 colaboradores

Atocha


Foi há quatro anos.

Chegou a Quarta Vaga

Alvin e Heidi Toffler dizem que definir o que é ‘ser humano’ vai ser a questão mais polémica

“Saber o que significam as palavras Ser Humano” será o grande desafio que temos pela frente. Esta é a opinião do futurista Alvin Toffler, que esteve esta semana em Lisboa, acompanhado da sua inseparável mulher e companheira intelectual Heidi, a convite da Ordem dos Biólogos para discutir a importância da bioeconomia - uma nova realidade “que faz parte de uma quarta vaga de transformação da sociedade e da economia”.

Conhecido por ser um antecipador de mudanças que vão ocorrer, Toffler é um visionário, que nos anos 70 do século passado já afirmava que o mundo ia ser controlado por computadores quando ninguém falava de «bites» e «bytes». A Toffler se deve, por exemplo, a antecipação do declínio da vida familiar, da aceleração do ritmo de vida, da diversificação de informação, do medo do terrorismo, da procura de micronichos - que substituirão os mercados de massa.


A era da diversidade

Em entrevista ao Expresso, o autor de a ‘A Revolução da Riqueza’ (2006) volta a surpreender. Aos 79 anos, com um invejável espírito aberto e global, fala com muita lucidez não só do presente mas sobretudo sobre o futuro. Um futuro onde “a economia não pode ser separada dos factores sociais, políticos, culturais e religiosos” e que, na sua opinião, será marcado pela grande diversidade de escolhas, de famílias, de produtos. “Caminhamos cada vez mais para uma era marcada pela diversidade”, diz este analista que considera que “existe uma série de assuntos intermédios que vão estar na nossa agenda nas próximas décadas, tais como a energia e o desafio da religião”.

Porém, o grande desafio que vamos ter recairá na nossa escolha sobre o que significam as palavras ‘Ser Humano’. “Temos tecnologias, aplicações e outros factores que vão colocar em causa a nossa definição sobre o que isso é. E eu acredito que vai dar origem a confrontos globais sobre o uso das tecnologias, que podem na verdade mudar as características das nossas espécies. Isso é a maior batalha que vamos atravessar”.

Numa outra escala de inquietude vem ainda a dessincronização das instituições que fará com que o progresso económico esteja a ser comprometido. Segundo os Toffler, “não podemos ter uma revolução tecnológica sem ter uma revolução social e estrutural”. O que está a acontecer, segundo este casal, é que os modelos institucionais que mantinham a sociedade coesa na fase da era industrial estão a cair e os sistemas burocráticos estão a ser postos em causa.

Autor de ‘O Choque do Futuro’ (1970) , diz que ‘A Terceira Vaga’ (1980) é o livro mais importante que escreveu. Considerado por vários organismos ocidentais como “o futurista mais influente do mundo”,

Toffler é também uma referência no mundo asiático. Na China, por exemplo, está na lista dos 50 homens mais influentes. País onde o seu livro ‘O Choque do Futuro’ é a segunda obra mais vendida de sempre, só perdendo para os discursos do político reformador Deng Xiaoping.

Para terminar, o visionário fala da importância de entendermos as actuais crises (da educação à saúde) de forma interligada e deixa uma crítica aos candidatos à Casa Branca: “Nenhum diz que as crises estão interligadas”, mas confessa que votará em Barak Obama.

Mafalda Avelar


"

Os chineses têm uma política clara e correcta. Entendem a diferença entre a segunda vaga da economia industrial e a terceira vaga da economia do conhecimento e estão a ser capazes de ter as duas ao mesmo tempo.

O grande desafio é saber res- ponder à questão: Quem é que é humano e quem é que não pode ser definido como huma- no por causa da tecnologia e das mudanças genéticas.

O que acontece é que temos empresas que correm e insti- tuições que andam muito devagar e que estão a deitar abaixo a produtividade da economia.

Em termos de educação é esperado que as escolas preparem os jovens para vidas produtivas; mas enquanto os negócios mudam muito rapidamente as escolas mudam muito muito devagar.

O que se está a passar com as novas tecnologias é que o conceito de sociedade de massas está a ficar desactualizado. Na verdade, as pessoas estão a ficar cada vez mais diferentes.

in Expresso

Valores: a cidadania adormecida


No próximo fim-de-semana, cem jovens com menos de 45 anos vão debater, a bordo de um barco que subirá o Douro, sete grandes desígnios para Portugal. O Expresso começa hoje a revelar os documentos, que depois serão entregues a Cavaco Silva

No séc. XIX, no apogeu do Império Britânico, era habitual dizer-se que o Parlamento inglês poderia fazer tudo menos transformar um homem numa mulher. Entre nós, só a partir de 1969 a mulher pôde transpor qualquer fronteira sem autorização escrita do marido.

Na década de oitenta, o então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro tinha o estigma de ser divorciado. O que mudou, primeiro lenta e depois cada vez mais rapidamente, para que o que antes era errado e impossível seja hoje apenas normal?

O sentido e percepção do tempo, a evolução técnica, a globalização, a fragmentação do colectivo, a diluição da autoridade e o relativismo axiológico, são algumas das respostas imediatas que, contudo, não preenchem a ausência de sentido ou diminuem o vazio que vai alastrando pela sociedade, transformando de forma cada vez mais profunda os nossos dias.

Confrontamo-nos hoje com percepções, discursos e racionalidades distintas entre si, as quais criam e promovem no mesmo tempo e espaço várias representações, imagens, linguagens, percepções e valores alegadamente não hierarquizáveis. A imposição externa (religiosa, estadual ou colectiva) de valores coerentes e congruentes fragmentou-se, e o colectivo deu lugar ao primado, cada vez mais subjectivo e autónomo, do eu individual todo-poderoso.

Se esses resultados foram positivos, como se demonstra nos exemplos indicados, tiveram também consequências nefastas. Compartilhamos hoje um espaço que aparentemente vive dominado pelo império do lucro económico imediato e desigual. Esta é, também, a primeira era em que a beleza, a verdade e a justiça não existem como entidades aglutinadoras e verticais, mas apenas como algo parcelar, aprendido, formulado e hierarquizado por sistemas próprios de referências e valores, tão distintos e autónomos entre si como cada uma das liberdades do indivíduo.

Mas se cada cidadão é, só por isso, livre de agir e de “conformar o seu mundo”, essa mesma liberdade de acção pressupõe que seja responsável pelos seus actos, perante si próprio, perante os outros e perante a comunidade onde se integra e na qual exerce a sua liberdade, à qual, por tudo isso pertence inelutavelmente. Somos, por isso, nós com e para os outros.

Nesta nova ordem socioeconómica multicêntrica, construída num quadro de conflitualidade próprio das democracias modernas, o desafio está em encontrar um postulado intercultural, com pluralismo ideológico e religioso que possa sedimentar uma co-existência construtiva eticamente fundada.

Um debate sedimentado e pluridisciplinar é a única alternativa para a reflexão que deve preceder o discurso e a acção.

Um dos caminhos será a procura do valor como espaço simbólico fundado num discurso convincente e por isso aglutinador.

Outro, a reformulação e neocontextualização das virtudes cívicas da justiça, temperança, tolerância, harmonia e equidade.

Uma terceira via seria simplesmente substituir esses conceitos pela pura eficácia ou racionalidade económica.

Contudo, a história ensinou-nos, depois de Nuremberga, que a pura racionalidade utilitária pressupõe e exige uma delimitação baseada em critérios fundamentais, inalienáveis, que não se esgotem no imediato e útil, mas que salvaguardando o indivíduo potenciem também a coesão social.

Se tudo já foi dito, tudo foi feito e nada mais resta do que a “perpétua agonia da indecisão individual”, valerá a pena a discussão, o simples gesto de começar o caminho descruzando os braços e levantando os olhos para lá de cada espelho. Talvez sim se, além dos grandes princípios, mas com base neles, procurarmos as simples boas práticas e concretizarmos os pequenos nadas que, juntos entre si, podem transformar muitos quotidianos. Afinal, o mesmo tijolo que hoje eleva os muros que nos vão separando, pode ser removido para abrir algumas janelas, construir pontes e talvez trazer algum equilíbrio à nossa triste e bela cidade, suavemente adormecida.

in Expresso, Paulo Duarte Teixeira, Juiz de Direito e Coordenador do Grupo Valores do ‘Novo Portugal - Opções de uma geração’

A língua portuguesa é misteriosa.




Parece contradizer a opinião generalizada dos linguistas, segundo a qual a relação entre a palavra e o seu significado é perfeitamente aleatória. Isto é, de acordo com a ciência da língua, não há razão nenhuma para chamarmos "pedra" a uma pedra. Mas imaginemos esta circunstância: após dias e dias de navegação, em que apenas temos por companhia o mar e o céu e nada mais, eis que surge, de repente, no horizonte, uma ilha. Qual é a nossa reacção perante esta inesperada visão? O que é que eu vi no mar? (NO) MAR VI (A) ILHA. Juntemos as palavras: MAR-VI-ILHA. Não terá nascido de uma visão detas a palavra portuguesa MARAVILHA? Haverá maravilha maior do que ver surgir, de repente, no mar, uma ilha? Então, o significado da palavra MARAVILHA não é aleatório. Há uma razão para que essa palavra significa aquilo que significa. Foi prestando atenção a estes mistérios da língua portuguesa que descobrimos a esência da Região Centro de Portugal. O que é que caracteriza a Região Centro de Portugal? O que é que têm em comum a Guarda e Castelo Branco? Viseu e Aveiro? A Covilhã, Leiria e Coimbra? Não há em todo o País uma região tão diversificada, ao ponto de Jaime Cortesão ter afirmado que, nas três Beiras, estão todas as paisagens do País. A Região Centro é um mosaico de paisagens, de pessoas, de subculturas. E, não osbstante, a língua portuguesa revela-nos, há séculos um elemento comum a todo o Centro, que é pertença desta Região mais do que qualquer outra do País. Que elemento comum é esse? O que está no centro da palavra Portugal? POR-TU-GAL TU
TU - o indivíduo, a pessoa, o sujeito. Não a massa anónima que se concentra nas grandes cidades, mas a pessoa individual descrita por Sá de Miranda como, "homem de um só parecer, um só rosto e uma só fé, dantes quebrar que torcer". O que há em comum, no meio da aparente diversidade que caracteriza a Região Centro de Portugal, é este "TU", que está exactamente no Centro da própria palavra "Portugal" e que aponta para a importância decisiva e inultrapassável da pessoa que habita nesta região. Esta coincidência serviu de base para todo o trabalho de criação da Marca "Regão Centro". Sublinhar a importância da pessoa significa colocar, pela primeira vez, no decurso evolutivo que o nosso País vem empreendendo nos últimos anos, o valor da pessoa acima do valor da obra - indicando claramente que a obra só vale se tiver as pessoas por destinatários - e, neste particular, a Região Centro é percursora de uma nova mentalidade que poderá ter importantes consequências para todo o país. Numa primeira fase, foi lançado o conceito "TU ÉS O CENTRO" e a assinatura da Região "A REGIÃO SÃO AS PESSOAS" numa Campanha Institucional que teve início nos últimos dias de Maio. Como é que este conceito pode ser aplicado aos mais diversos temas que, ao longo do tempo, farão eventualmente parte das múltiplas acções de dinamização da Região? Uma segunda Campanha - especialmente destinada a promover o investimento na Região, atraindo empreendedores e quadros, é um primeiro exemplo das virtualidades de exploração do conceito atrás referido. Neste caso, o conceito exprime-se desta forma: TU FAZES O NOVO CENTRO

Glocal: Projecto que permitiu criar 56 empresas no Vale Douro Norte vai ser exportado para a Polónia e Cabo Verde

Vila Real, 23 Fev (Lusa) - O projecto Glocal, uma iniciativa que já ajudou a criar 56 pequenas empresas no Vale Douro Norte, vai ser "exportado" para a Polónia e Cabo Verde, disse hoje à Lusa, em Vila Real, a sua coordenadora.

Segundo Cristina Coelho, o projecto é também um dos parceiros do Governo português na recuperação urbanística e reinserção urbana de dois bairros críticos da capital, o da Cova da Moura e o do Vale da Amoreira, que está hoje a ser apresentada em Lisboa.

Quando Cristina Coelho arrancou com o Glocal - Empresas Locais com Orientações Globais, em 2002, estava longe de imaginar o sucesso do seu projecto e a sua internacionalização, que se vai concretizar já este ano.

O reconhecimento europeu da iniciativa chegou em Outubro, com a atribuição do Prémio Europeu para a Iniciativa Empresarial, no âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia.

O Glocal pretende facilitar a criação de pequenas empresas e de novas oportunidades de emprego, disponibilizando um conjunto de serviços e metodologias, desde o Sistema de Microcrédito para o Auto-emprego e Criação de Empresas (SIM) ao "Programa de Mentores Voluntários" e o "Sistema de Apadrinhamento".

A eficácia do projecto, no âmbito do qual foram criadas 56 empresas, entre 2002 e 2007, nos municípios do Vale do Douro Norte, vai levar à sua exportação para alguns países do Leste Europeu, como a Polónia, ou africanos, como Cabo Verde.

"Estamos a fazer planos de acção, a preparar os projectos e a sua adaptação a outras realidades", afirmou Cristina Coelho.

Acrescentou que o produto foi concebido para o Vale do Douro Norte, um território com características fortemente rurais, com uma forte aposta nos produtos endógenos e onde as pessoas se conhecem e confiam umas nas outras.

Na Polónia, que poderá servir de ponto de partida para a disseminação do Glocal por outros países de Leste, o projecto vai começar por ser implementado numa região-piloto.

Numa ilha de Cabo Verde vai ser dado o arranque da iniciativa naquele país africano, onde o Glocal foi recentemente convidado a integrar uma parceria com vista à promoção e apoio ao empreendedorismo.

Em finais de 2007, foi a vez do Governo português convidar a Glocal a integrar um projecto de qualificação e de reinserção urbana dos bairros críticos de Lisboa, que está a avançar com dois bairros-piloto, nomeadamente da Cova da Moura e do Vale da Amoreira.

O Glocal é um dos parceiros de uma comissão interministerial criada para o efeito e está já, segundo Cristina Coelho, a trabalhar num plano de acção direccionado para aqueles bairros.

"Este conjunto de soluções que nós concebemos e que temos formatadas para poderem ser vendidas e disseminadas por outros espaços, podem ser perfeitamente adaptáveis a essas regiões", salientou.

O secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, apresentou hoje na Cova da Moura e no Vale da Amoreira o projecto de recuperação urbanística daqueles dois bairros.

Mais de sete milhões e meio de euros vão ser investidos na Cova da Moura (Amadora) e no Vale da Amoreira (Moita), num projecto de recuperação urbanística e integração socioeconómica dos moradores coordenado pelo Instituto de Habitação.

A iniciativa envolve oito ministérios, bem como outras entidades governamentais e não governamentais, de base nacional, regional e local, num total de mais de 90 entidades, entre as quais o Glocal.

Cristina Coelho explicou à Lusa que "o SIM, que já está disponível em cerca de 50 concelhos, é um financiamento de 75 por cento do investimento até ao montante máximo de 25 mil euros, a uma taxa de juro próxima dos cinco por cento, com prazo de reembolso até cinco anos".

"É muitas vezes a única forma destas pessoas, sem recursos económicos, poderem criar o seu próprio emprego", salientou.

Em 2006, concretizou-se a disseminação da rede "SIM na Minha Terra", contanto com a parceria da Federação Nacional de Associações de Desenvolvimento Local.

"O SIM ainda não tem qualquer crédito mal parado, não tem qualquer irregularidade e tem, neste momento, sete milhões de euros disponíveis para apoiar iniciativas até 25 mil euros cada uma", sublinhou a coordenadora.

Mais tarde foi criado o Programa Premium que, segundo Cristina Coelho, funciona como um guia metodológico de implementação da iniciativa, ajuda no mapeamento de oportunidades, promove ateliês de ideias e a formação inicial dos empreendedores.

Em 2007, o Glocal arrancou com o "Programa de Mentores Voluntários", que promove o apoio voluntário do empresariado local a novos empreendedores na fase de projecto e arranque dos seus negócios, ou seja, apoia-os nos primeiros passos como empresários, através da partilha do seu conhecimento e experiência no mercado e na gestão de uma empresa.

O "Sistema de Apadrinhamento", é uma metodologia inovadora que concilia o financiamento e transmissão de competências empresarias, ou seja, "numa óptica de responsabilidade social, as empresas locais contribuem para a criação de novas empresas e para o aumento da riqueza e desenvolvimento da região", acrescentou a coordenadora.

"Estes programas correram muito bem e, por isso, este ano vão ser transformadas num programa nacional, em parceria com o IAPMEI", salientou Cristina Coelho.

A coordenadora frisou que se trata de soluções de empregabilidade, destinadas a quem está desempregado ou a quem tem emprego precário.

Brevemente vai decorrer, em Vila Real, a "Galeria de Negócios", uma iniciativa onde os empreendedores terão oportunidade de apresentar os seus negócios à comunidade, entidades e instituições.

Cristina Coelho faz um balanço "muito positivo" do projecto e salientou a cooperação entre os empreendedores.

"Temos a Susan a vender, através da sua empresa, produtos transmontanos no Estados Unidos da América, que compra ao Miguel, de Murça. Por sua vez, o Paulo criou uma empresa de informática que presta serviços às outras empresas", frisou.

Segundo a responsável, a iniciativa possui, neste momento "100 empreendedores para atender e está sem recursos para o fazer".

Por causa disso, e porque considera que o projecto necessita de ganhar dimensão e de se institucionalizar, o "grande objectivo" para 2008, é a criação de uma "estrutura de âmbito regional", que espera ver concretizada ainda durante o primeiro trimestre do ano.

"Queremos transformar esta região na mais dinâmica a nível do empreendorismo em Portugal", afirmou.

O Glocal conta com a parceria da Superação SPA Consultoria, da Associação Empresarial Nervir, da Cooperativa Cultural Voz do Marão, da Alto Fuste - Consultoria Agrária e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro .

in Lusa, PLI

Confederação quer tornar Lisboa numa referência europeia

A Confederação do Turismo Português vai apresentar um projecto que prevê a implementação de um mega Plano de Interesse Nacional na região de Lisboa. O objectivo é tornar a capital numa referência europeia do Turismo de Negócios.

Actualmente Lisboa está em 15º lugar do ranking europeu deste sector mas a confederação considera que Lisboa tem potencial para se tornar numa das sete mais importantes.

O projecto prevê a aposta na hotelaria, restauração, e empresas de transportes, com o investimento a cargo de privados e com apoios das autarquias e do Estado.

José Carlos Pinto Coelho, presidente da Confederação do Turismo, diz que vai ser necessário coordenar todos os projectos já existentes com outros que vão surgir, numa política comum que para alterar radicalmente a imagem de Portugal no estrangeiro.

«[Esta política] traz uma realidade competitiva com quem vai a frente na Europa. Queremos deixar de competir para sermos medianos e passarmos a competir para sermos os melhores», explicou Pinto Coelho à TSF.

O projecto estabelece um prazo de 15 anos para atingir os objectivos: colocar Lisboa entre as sete principais cidades europeias no sector do Turismo de Negócios, com centenas de empresas e milhares de postos de trabalho.

A Confederação do Turismo Português prevê anunciar este projecto ao Governo dentro de 15 dias.

in TSF

Lisboa, pelo seu espólio patrimonial, é sem dúvida um dos melhores destinos turísticos nacionais.
Com menos escritórios seria, sem dúvida, um local agradável para se visitar.

SEDES alerta para "mal-estar" na sociedade

Lisboa, 22 Fev (Lusa) - A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) alertou quinta-feira para um "mal-estar" na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma "crise social de contornos difíceis de prever".

Em comunicado divulgado no seu portal, a SEDES sustenta que "sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional".

Esse "mal-estar" deve-se a "sinais de degradação da qualidade cívica", como a "degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários", a "combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz" e o aumento da "criminalidade violenta" e do "sentimento de insegurança entre os cidadãos".

A SEDES adverte que, a manter-se o "mal-estar e a degradação da confiança (...), emergirá, mais ou cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever".

Por isso, a associação apela à intervenção da sociedade civil mas sobretudo do Presidente da República e dos partidos políticos com representação parlamentar.

O comunicado é assinado pelo conselho coordenador, do qual fazem parte Vítor Bento, que o preside, Alves Monteiro, Luís Barata, Campos e Cunha, Ferreira do Amaral, Henrique Neto, Ribeiro Mendes, Paulo Sande e Amílcar Theias.

Criada em 1970, a SEDES é uma estrutura que tem como preocupação reflectir sobre a situação económico-social do país.

No comunicado, a associação manifesta a sua preocupação com "o afunilamento da qualidade dos partidos", devido à "dificuldade em atraírem e reterem os cidadãos mais qualificados" e a "critérios de selecção cada vez mais favoráveis à gestão de interesses".

A SEDES critica igualmente a "tentacular expansão da influência partidária na ocupação do Estado e na articulação com interesses da economia privada".

Para a estrutura, a "combinação" entre uma "comunicação social sensacionalista" e uma "Justiça ineficaz" traduz-se num "estado de suspeição generalizada sobre a classe política", que leva ao afastamento de "muitas pessoas sérias e competentes da política, empobrecendo-a".

A "banalização da suspeita" nos media e a "incapacidade" da Justiça em "condenar os culpados (e ilibar os inocentes)" favorecem os "mal-intencionados", o que conduz à "desacreditação do sistema político", reforça a SEDES.

A associação considera que o Estado "tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade": deixa cada vez menos espaço "verdadeiramente livre para a iniciativa privada" e "demite-se, muitas vezes, do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados".

Referindo-se à criminalidade, o comunicado aponta a falta de "uma acção consistente - da prevenção, investigação e da Justiça - para transmitir a desejada tranquilidade" e uma "espécie de fundamentalismo ultra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso" do Estado.

"Calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodioviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou", sublinhou a SEDES, responsabilizando os legisladores portugueses, que "transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas" europeias.

Para a "regeneração" da sociedade portuguesa, a associação advoga que os partidos políticos devem "abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência (...) e desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos".



Lusa/ER.

Lisboa adere programa internacional redução emissões carbono

Lisboa vai aderir à segunda fase de um programa de redução das emissões de carbono, a par de Birmingham, Hamburgo e Madrid, disse à Lusa fonte do gabinete do presidente da autarquia, António Costa.

O autarca desloca-se na quarta-feira a São Francisco, uma das cidades pioneiras do programa CUD, de redução das emissões de carbono, juntamente com Seul e Amesterdão.

O programa resulta de uma parceria entre a Clinton Global Initiative, da Fundação Bill Clinton, a empresa de consultoria Cisco e o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

As áreas-chave para a redução das emissões de carbono são a gestão de tráfego, teletrabalho, edifícios inteligentes, planeamento urbano, energias renováveis e promoção de tecnologias «verdes».

A Cisco, empresa onde está o antigo conselheiro da Presidência da República Diogo Vasconcelos, já criou um grupo de trabalho para a cidade de Lisboa.

Em São Francisco, o programa teve repercussão em diversas áreas, desde os transportes à criação para cada cidadão da sua «pegada» ambiental, ou seja, as consequências para o ambiente dos seus gestos quotidianos.

Em Seul, o projecto centrou-se essencialmente na componente do teletrabalho e na melhoria do sistema de transportes.

ACL.

in Diário Digital

The Original Video of Lilly: The World Map Master

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