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Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Estrangeiros que escolhem Portugal para viver!


Norman Brenninkmeijer gosta de visitar a loja da C&A no CascaiShopping. Quem lá trabalha já se habituou às suas incursões periódicas, mas poucos imaginam que aquele que conhecem como "o gerente" é, afinal, o poderoso multimilionário holandês que detém e gere os activos globais do grupo C&A.

A fortuna da família Brenninkmeijer é a maior da Holanda e equivale a cerca de oito vezes a riqueza de Belmiro de Azevedo.

Ascende a qualquer coisa como 15 mil milhões de euros, tendo agigantado 20,2% em 2005, segundo a revista Quote. Muito reservado e avesso a entrevistas, Norman Brenninkmeijer escolheu Portugal para viver e Alcabideche para morar. Daí a sua proximidade à loja de Cascais, um dos 25 estabelecimentos que o grupo explora no país.

O gestor pertence à quinta geração da família holandesa que fundou o terceiro maior grupo de retalho europeu, no longínquo ano de 1861. Como muitos estrangeiros que residem em Portugal, Brenninkmeijer mantém-se em contacto com a comunidade local dos seus conterrâneos, que se apaixonaram pelo país onde vivem e elogiam o clima, a tradição, a segurança e a simpatia dos portugueses. "O maior desafio que enfrentam, para além da aprendizagem da língua, é terem de conviver com as grandes burocracias e alguma falta de disciplina em termos de horários e compromissos", alerta Eduarda Luna Pais, managing partner da consultora Egon Zehnder.

"Mas a evidência de que essas dificuldades acabam por ser vencidas é que muitos gestores decidem permanecer em Portugal. Nalguns casos, quando se reformam, continuam a exercer funções não executivas no país." Guilhermina Vaz Monteiro, managing partner da consultora Horton International, diz que o que leva estes responsáveis de topo a ficar em Portugal é, do lado profissional, a qualidade dos recursos humanos e a sua capacidade de improvisação estratégica e organizacional e, do lado pessoal, a boa gastronomia e o casamento que, por vezes, acontece com cidadãos locais. "O mar, o peixe ao sal, o arroz de marisco, as pataniscas e o cheiro do café expresso são tão poderosos quanto o sol, que aqui alimenta a alma", ironiza.

Charme natural
Lars Bo Hansen, 44 anos, nasceu na Dinamarca, é casado com uma norueguesa, vive na zona do Farol da Guia, em Cascais, e tem dois filhos portugueses. Dirige as operações das Pousadas de Portugal, do grupo Pestana, mas confessa ter aceite o cargo "sem grande conhecimento prévio do negócio, antes da privatização". Teve apenas dez dias para visitar 40 pousadas e ficou impressionado.

Sentiu mesmo que havia injustiça na avaliação do produto turístico. "Cada pousada era como a mais bonita boneca da loja, mas tinha um risco na cara. Esse detalhe feio era a rentabilidade." O gestor estudou na África do Sul, onde chegou com 7 anos, acompanhado pelo pai que era electricista na indústria de construção naval. Formou-se numa escola de hotelaria e quando deixou o país, aos 22 anos já tinha experiência de direcção de compras no Royal Hotel, de cinco estrelas, em Durban. Regressou à Dinamarca, onde encontrou muito desemprego, e aceitou trabalhar como porteiro da noite no Plaza Hotel da cadeia Sheraton, em Copenhaga.
"Agarrei-me à primeira oportunidade na hotelaria europeia. Mas a gestão percebeu que eu tinha outras competências e ofereceu-me a posição de gerente financeiro no departamento de alimentos e bebidas do Sheraton, de Oslo, na Noruega". A experiência durou dois anos, até 1986.

Os profissionais de hotelaria têm agentes que os promovem e identificam oportunidades de carreira. O agente britânico de Lars Bo Hansen sugeriu-lhe a Madeira porque Joe Berardo e Horácio Roque tinham acabado de comprar o grupo Savoy e queriam reformular os produtos turísticos.
"Foi o meu primeiro contacto com a língua portuguesa. Fiquei dois anos e desenvolvi a área de alimentos e bebidas, mas queria outras experiências. De Portugal conhecia apenas Lisboa, Setúbal e Algarve." Partiu então para projectos de turismo de outros grupos nas Caraíbas, na China e, de novo, na África do Sul depois do apartheid.

Mas acabou por regressar ao Savoy como director-geral, para liderar a expansão da oferta resort, experiência que durou cinco anos, até surgir o convite do grupo Pestana.
Hoje sente-se privilegiado em dirigir as Pousadas de Portugal, que o aproximam da história, da cultura e da gastronomia, temperadas pelo clima, segurança e campos de golfe que não se cansa de elogiar, a par de tradições como "a valorização do campo e o almoço familiar ao domingo, que ainda não se perdeu, ao contrário do que acontece na Escandinávia".

Estas vertentes do país têm charme natural e são únicas no mundo. "As good as it gets", afirma Lars Bo Hansen, num raro desvio ao seu português com ligeiro sotaque madeirense. Visita a Dinamarca uma vez por ano e continua em contacto com o seu agente britânico. Mas sublinha que é em Portugal que vive melhor, ao fim de tantos destinos turísticos percorridos profissionalmente.

Deixar obra feita
Para os gestores estrangeiros a possibilidade de liderarem projectos em subsidiárias de países pequenos é frequentemente estimulante porque as suas decisões podem deixar um cunho pessoal. Gerd Boehmer, 60 anos, administrador-delegado da Victoria Seguros, conduziu a construção da nova sede do grupo na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e liderou o processo de transformação das agências gerais em sociedades anónimas. Diz que se orgulha dessa obra, que não poderia ter dirigido num mercado maior. Este gestor nasceu na Alemanha Ocidental, estudou Matemática Aplicada e programou software na NASA, nos Estados Unidos, e fez ainda carreira académica na Venezuela, durante dois anos.

Chegou a Portugal em 1982. Na altura era muito raro encontrar fora da Alemanha gestores oriundos da casa-mãe Victoria. Gerd Boehmer era a excepção, que se justificava pela precaução exigida num pequeno mercado em crise económica. Submeteu--se à prova de um país que não conhecia.

"Encontrei um sistema económico que se comparava ao da Alemanha do Leste, mas aqui as pessoas podiam exprimir livremente a sua opinião e entrar e sair do país sem grande dificuldade. Lembro-me de como era chocante comprar coisas bonitas e de qualidade noutros países, com etiqueta portuguesa, mas que não estavam disponíveis no mercado interno." Boehmer radicou-se em Portugal acompanhado pela sua mulher, de nacionalidade alemã, que seguiu a carreira de enfermagem, e de quem teve dois filhos que falam português. "Criei laços de amizade, dentro e fora da empresa, e nos torneios de golfe. E isto conta, na decisão de ficar." Contudo, o gestor queixa-se da excessiva intervenção do Estado na economia e diz que gostaria de ver mais justiça fiscal. "Nos seguros o Estado é árbitro através da entidade de supervisão, mas é também uma empresa estatal que domina o mercado e assume o papel de maior jogador." O nosso país deu a oportunidade a Urs Mahler, 61 anos, de desenvolver um projecto próprio na área farmacêutica, a Kiron, após ter liderado a sucursal nacional da Ciba-Geigy, actual Novartis. Este gestor nasceu em Zurique, mas tem nacionalidade portuguesa "por razões emocionais".

Trabalhou na Suíça, Venezuela e Espanha antes de se ter instalado em Portugal, em 1979, para conduzir o processo de aquisição do laboratório Normal. Aceitou o convite da casa-mãe para ficar radicado no país porque, nessa altura, já conhecia Cascais.
Comprou aí um apartamento que partilhou com a sua esposa portuguesa nos últimos 27 anos. Ainda se lembra do dia em que estreou o espaço. "A mudança estava concluída, mas tive de levar o meu televisor a uma loja de reparações. Disse ao técnico que havia qualquer coisa de errado porque a imagem estava a preto e branco, e só recebia dois canais. Naquela época a televisão portuguesa ainda era assim", recorda, com a imagem nítida na memória de um país onde encontrou muito por fazer.

Carreiras em países pequenos
Nos anos 80 as multinacionais promoviam a carreira em países pequenos, e atribuíam depois responsabilidades em mercados maiores se a operação corresse bem. Urs Mahler não quis sair de Portugal porque sempre gostou da sua equipa local, tendo levado colegas da Novartis para o novo projecto, a Kiron, que abraçou em 1997. Esta farmacêutica factura hoje cerca de 8 milhões de euros em formação, coaching, promoção e distribuição de produtos de diversos laboratórios.

As ligações que o gestor estabeleceu com amigos portugueses levaram-no a fundar um clube de todo-o-terreno que realiza seis encontros por ano "para descobrir a paisagem portuguesa". Também fez um curso de pilotagem de aviões e, até conquistar o brevet, desenvolveu a prática da língua portuguesa.

A aproximação dos gestores estrangeiros a Portugal nem sempre foi planeada. Para Denis Coubronne, 43 anos, general manager da PrimeDrinks, empresa distribuidora de marcas como Herdade do Esporão, Caves Aliança, Quinta da Aveleda, Grant's, Absolut Vodka e Pisang Ambon, o primeiro contacto com Lisboa nasceu de uma decisão burocrática no seu país de origem, a França. Quando tinha 22 anos escolheu prestar serviço civil numa embaixada, em alternativa ao serviço militar. Calhou-lhe Portugal. Trocou a bonita região vinícola e de castelos do Loire pelo alojamento durante um mês no hotel de charme York House, em Lisboa, em 1986. "O país estava a abrir-se à CEE e a despertar para o grande consumo. Não havia hipermercados, nem auto-estrada a ligar Lisboa e Porto. Marcou-me o cheiro do café na rua.

veitei para sair à noite no Bairro Alto e também descobri o Alentejo." Foi uma atracção fatal, a que se juntou o namoro com uma portuguesa, sua actual mulher.
Sabia que queria ficar no país e encontrou na Danone uma oportunidade de carreira.

Acompanhou a força de vendas do grupo francês, então designado por BSN, que estava a lançar a cerveja Kronenbourg através do importador Caves Aliança. Na gestão pôs a descoberto o contraste entre o rigor, transparência e união social da Europa Central, e a emoção, criatividade e individualismo do Sul.
Em 1993 aceitou o convite da Caves Aliança para ser brand manager de marcas importadas, e casou no ano seguinte. Em 2001 assumiu a direcção-geral e a designação da empresa acabou por mudar para PrimeDrinks, após a entrada no capital da Herdade do Esporão.

Morou num prédio pombalino da Praça de São Paulo, "uma zona que não é decente" segundo os seus colaboradores. Gosta de teatro e de arte, mas lamenta que a capital esteja a perder qualidade de vida e tenha dado lugar à construção em excesso, em vez da reabilitação de edifícios. "Portugal teve um desenvolvimento pouco estruturado.

As grandes cidades precipitaram-se no consumo e arriscam-se a perder a alma.
Não podemos perder o que é mais bonito, o que vai atrair turismo", lamenta. "Lisboa esvaziou-se. Morreu o comércio de rua. As pessoas estão apressadas, não se encontram, vivem em condomínios fechados. À noite não há luz nas janelas."

Rendeu-se ao condomínio
Este desencanto com a capital levou à sua mudança de residência para o Monte do Estoril, em Julho de 2006. "Estava farto de não ver melhorias, em mais de dez anos. A falta de qualidade em prédios antigos, no centro de Lisboa, é tão evidente que não tive outra opção. Agora estou num condomínio fechado, imitei os portugueses."

Graham Dewar, 64 anos, também não conduziu o seu destino na aproximação a Portugal. Foi a multinacional Johnson & Johnson que escolheu por si, após dez anos na filial da sua terra natal, a África do Sul, e a força de duas licenciaturas em Engenharia Química e em Gestão. Em 1981 iniciou uma carreira internacional para dirigir a sucursal em Lisboa. "Senti que Portugal entrava na modernidade. Acreditei que essa transição teria um desfecho positivo.

O país era uma jóia, com gente boa. E o clima para desenvolver negócios estava a melhorar." Viveu sete anos no país e mudou para a sede da multinacional em Nova Jérsia, Estados Unidos, mas queria voltar a Lisboa. "Tinha casado com uma mulher portuguesa. Ficara com grande atracção por Portugal. Sentia saudades de praticar vela no Estoril e na praia Del'Rey".

A Celulose do Caima, actual Altri, e, em 2002, a Central de Cervejas, deram-lhe posições de CEO e a possibilidade de radicar-se. Hoje, como gestor da sua consultora Task Management, aponta as dificuldades "do sistema legal, que necessita de modernizações". Mas, ainda assim, garante que vale a pena viver e fazer negócios em Portugal.

http://www.exame.pt/carreiras/html/daquinaosaio.html

José Maria Prazeres Pós-de-Mina nomeado pela revista OneWorld


The mayor of one of Portugal's smallest and poorest municipalities has launched one of the largest green business initiatives in the world, and now he's spearheading an eight-country project to create communities run entirely on renewable energy.

Artigo completo sobre a nomeação das personalidades do ano pela revista ambientalista OneWorld

Viver na Cidade ou no Campo?!


Professor catedrático na Universidade do Minho, José Mendes tem estudado a dinâmica das cidades e o ordenamento do território. Em 1999 publicou o estudo 'Onde viver em Portugal - uma análise de qualidade de vida nas capitais de distrito'. À GINGKO sistematizou as vantagens e desvantagens da vida nos grandes centros e nos meios mais pequenos. Solução? Desenvolver as cidades médias.

GINGKO - Depois do êxodo rural, há quem fuja dos grandes centros. É possível conciliar a cidade e o campo?

José Mendes - A questão campo versus cidade é hoje mais pertinente do que nunca. Avanços recentes no domínio das comunicações e da desmaterialização das actividades permitem alimentar a ideia de que é possível a qualquer um manter-se profissionalmente activo e integrado e, simultaneamente, viver fora dos meios congestionados das grandes urbes. Isto é verdade e... não é verdade.

G - O que distingue os dois meios?

JG - Num extremo estão as grandes cidades onde tudo acontece: os negócios, as oportunidades, os eventos, a cultura, o entretenimento, as melhores escolas. E também o congestionamento, o tráfego, a poluição, e a habitação mais cara. No outro extremo está o campo onde nada acontece: nem negócios, nem oportunidades, nem eventos, nem cultura, nem entretenimento, nem boas escolas. E também não há congestionamento, nem tráfego nem poluição, e a habitação é mais barata.

G - Onde se vive melhor?

JG - Depende do conceito de qualidade de vida. Se os almoços de negócios e as peças de teatro estão na rota da minha qualidade de vida, então quero estar na grande cidade. Se acho que as horas desperdiçadas em filas de tráfego ou o ruído ensurdecedor das ruas carregadas de tráfego arruínam a minha qualidade de vida, então quero viver na tranquilidade do campo. Mas, se preciso de almoços de negócios e também não quero estar horas dentro do automóvel em filas infindáveis? Bom, aí a questão não é líquida.

G - Qual a solução?

JG - A solução ideal seria que as grandes cidades funcionassem de forma mais sustentável, com bons transportes públicos, muitos parques, esquemas de acalmia de tráfego, pistas cicláveis, regras de controlo de poluição e ruído. Ou ter áreas rurais com boa acessibilidade, boas escolas, banda larga e eventos culturais. Isso é possível? Talvez. Cidades como Viena, Copenhaga ou Sydney deram passos importantes nesse sentido. Áreas rurais de alguns países nórdicos também evoluíram favoravelmente. Nem umas nem outras fazem o pleno. No balanço da contabilização da qualidade de vida, as cidades, mesmo as megacidades, continuam a levar vantagem. Isto porque o Homem é uma espécie com comportamentos e necessidades marcadamente sociais, que vive e se realiza através da interacção, do movimento, da riqueza e da sinergia que resulta da concentração de pessoas e de actividades. O campo pode ser tranquilizador e ter o rótulo de inspirador, mas é na cidade que nasce a criatividade, que se forjam os artistas e as obras que referenciam a nossa existência.

G - Portanto, o melhor é viver em cidades?

JG - Apesar de tudo, mesmo com as cidades a levar vantagem enquanto destino da nossa felicidade e garante da nossa qualidade de vida, a poluição e as filas de trânsito continuam lá. E ninguém gosta delas. Enquanto não temos cidades ideais, se é que algum dia existirão, a solução mais equilibrada é viver nas cidades médias. Têm hoje muito do que se encontra de bom nas grandes cidades e pouco do que se encontra de mau nessas mesmas cidades. Os recursos virtuais, a banda larga na cidade média, colmatam muito do que um profissional activo e cidadão exigente precisa para se realizar.

G - E onde se vive melhor em Portugal?

JG - Nas cidades médias. Temos cidades médias? Sim e não. Sim porque existe Braga, Coimbra e Aveiro, com elevadíssimo potencial, apenas parcialmente realizado. Não porque não há uma política de cidades médias em Portugal, o que faz com que as três referidas estejam muito aquém do potencial que encerram, e que outras como Évora e Faro simplesmente não descolem. E porque é precisa uma política de cidades médias em Portugal? Porque é a melhor solução para o país e, sobretudo, para Lisboa e Porto. É nas cidades médias que reside boa parte do nosso futuro. Que lufada de ar fresco seria para este país, se nas eleições autárquicas de 2009 os candidatos deixassem na gaveta os planos de mais infra-estruturas e apresentassem visões e propostas centrados na qualidade de vida e na competitividade das suas cidades.

in Gingko

Pequenas e médias cidades, no futuro, apenas acessíveis aos mais abastados

"Faro, 05 Dez (Lusa) - As pequenas e médias cidades serão locais privilegiados no futuro pela sua qualidade mas apenas acessíveis aos mais abastados, segundo as conclusões de uma conferência internacional de dois dias que decorreu esta semana na Universidade do Algarve.
No final dos trabalhos, a Professora Teresa Noronha, coordenadora do Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações da Universidade do Algarve, que promoveu o encontro, realçou que "as mais modernas tendências das economias regionais apontam para uma maior aglomeração" das zonas urbanas.

De acordo com esta investigadora, isto quer dizer que, ao contrário do que muitos advogam hoje em Portugal, os próximos cinquenta anos verão nascer grandes aglomerados urbanos que procurarão economias de escala combinadas com uma evolução tecnológica muito motivada pelo esgotamento dos recursos naturais.

Em resultado desta tendência, as pequenas e médias cidades tenderão a transformar-se em territórios de fuga para os que privilegiam a qualidade de vida o que, naturalmente, terá um preço elevado.

Segundo Teresa Noronha as pequenas cidades "manter-se-ão por questões de romantismo" e serão acessíveis aos que as possam pagar.

Ao longo dos dois dias da conferência, que decorreu no Auditório Vermelho da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, investigadores oriundos de diferentes pontos da Europa apresentaram pesquisas na área do desenvolvimento sustentável das regiões, confrontaram modelos e questionaram os actuais paradigmas do desenvolvimento económico.

Um debate de ideias que, segundo Teresa Noronha, apenas pecou pela ausência da sociedade civil, em especial dos empresários e dos decisores políticos que, lamentou, "optaram por não estar presentes" não obstante o tema serem as cidades, as pessoas que nelas vivem e as empresas que nelas se instalam.

Aliás, no que toca à realidade portuguesa, Teresa Noronha considerou que o "grande bloqueio ao desenvolvimento do País continua essencialmente na área da governação institucional".

Segundo a investigadora, continuamos a ter "políticos que não estão preparados cientificamente" o que se reflecte na qualidade das decisões estratégicas que têm sido tomadas para o País.

Por essa razão, a investigadora reforça que toda a sociedade tem de se envolver e responsabilizar pelo modelo de desenvolvimento pretendido para Portugal, salientando ainda que é fulcral escolher com muito cuidado os recursos e a forma como estes serão aplicados nessa escolha.

No que toca ao Algarve, a investigadora acredita que há características que distinguem a região da lógica de aglomerados mas alerta que "terá de encontrar uma forma de ligar as suas cidades", gerando a partir desse formato uma aglomeração com características mais de região do que de metrópole.

Os vários trabalhos de investigação apresentados nesta conferência deverão agora ser compilados e editados em livro pelo Centro de Investigação sobre o Espaço e as Organizações da Universidade do Algarve."

MYP, LUSA

in RTP

Portugal tem de mudar "tão rapidamente quanto possível" a sua estrutura produtiva - Cavaco Silva


"Para conseguirmos de facto competir no mercado global, temos de alterar tão rapidamente quanto possível a estrutura da nossa produção", afirmou Cavaco Silva, na inauguração de um novo edifício do Tecmaia -- Parque de Ciência e Tecnologia da Maia.

O chefe de Estado elogiou o "esforço que Portugal tem vindo a desenvolver" na inovação e tecnologia, mas sublinhou que é necessário "fazer muito mais".

À semelhança do que tinha feito momentos antes na Efacec, em Matosinhos, Cavaco Silva considerou o Tecmaia "um bom exemplo" do caminho que a economia portuguesa deve seguir para se tornar competitiva.

Empreendedorismo, cultura de inovação e aposta na investigação são as três áreas em que, na opinião do Presidente da República, o Tecmaia tem dado um "contributo muito positivo".

Cavaco Silva afirmou que gosta de "apresentar bons exemplos", para "aumentar a auto-estima" dos portugueses.

"Neste tempo que atravessamos, de notícias que nos caem todos os dias sobre as nossas cabeças, notícias de recessão, às vezes mesmo de depressão, de índices de confiança a níveis baixos historicamente, estive há pouco noutro caso de sucesso, a Efacec", salientou.

O Presidente da República reconheceu que o Tecmaia "nasceu de uma adversidade", a transferência para outro país da antiga fábrica da Texas Instruments e Samsung, mas sublinhou a atitude positiva do então presidente da Câmara da Maia, Vieira de Carvalho.

"Perante uma adversidade, não se baixou os braços", frisou, enaltecendo o facto de o Tecmaia ser o segundo parque tecnológico do país em nível de desenvolvimento, depois do TagusPark, com 48 empresas instaladas.

FZ.
Lusa

in RTP

Formação de preços nos bens de consumo


Não foi há muito tempo que ficámos a saber que os preços dos combustiveis não poderiam voltar aos valores de 100 dolares barril porque o custo da refinação estava a aumentar, isto é, já não existia petróleo tão "puro" como outrora.

Também ficámos a saber na mesma altura que a formação do preço do pão oscilava em 50% com a variação do custo da farinha.

As "COISAS" fantásticas que nos ensinaram.

Terra Prometida


Para muitos, o Alentejo é a terra prometida, o lugar onde a realização de um grande sonho é possível. Os “alentejanados”, como são por vezes conhecidos, falam com entusiasmo da imensidão do céu, da ligação à terra e da grande tranquilidade.
Vieram de Lisboa e de outras cidades grandes ou de outros países. Muitos trocaram a profissão que exerciam pelo desafio de um novo ofício. Outros adaptaram o trabalho às novas circunstâncias, tendo a Internet como grande aliada para ultrapassar um certo isolamento da região. Por vezes, confessam que ficaram a perder do ponto de vista financeiro mas garantem que o saldo final é positivo, depois de tudo considerado.
Terra Prometida é uma grande reportagem de Carlos Júlio com sonoplastia de João Félix Pereira.

Ouvir em TSF

Human Network Effect


Cria entendimento, onde antes existiam barreiras.
Liga uma criança a um cientista a um director-geral para salvar um glaciar.
Junta ideias. Junta paixões. E junta pessoas.
É o efeito da Rede Humana.
O efeito que está a mudar o mundo.
Quando a tecnologia se cruza com a humanidade na rede humana, a forma como trabalhamos muda.
A forma como vivemos muda.
Tudo muda.
Esse é o Efeito da Rede Humana.

cisco.com

Enfrentar a transição


Os acontecimentos económicos e financeiros que têm ocorrido nos últimos vinte anos poderão estar a ‘repetir’ o padrão do que se passou desde final dos anos 1920 até 1950. Esse é o ponto de vista de Brian Berry, de 74 anos, um economista e geógrafo inglês radicado nos Estados Unidos desde 1955, que é reitor da Escola de Ciências Económicas e Políticas da Universidade do Texas em Dallas.

O cientista encontra «similitudes» na tripla assinatura de «crashes» financeiros ocorridos de 1929 a 1942 e de 1987 até ao actual ‘Outubro negro’ indiciando um período descendente num ciclo longo tecnoeconómico. Prevê, por isso, que, tal como há 60 anos, estejamos a atravessar um período de transição para outro ciclo, a que tecnicamente os especialistas chamam “depressão entre duas ondas” ou uma espécie de ‘vala’.

No final dos anos 1940 do século passado, nesse tal período de ‘vala’, deixámos para trás um ciclo de emergência do imperialismo (então dissecado pelo economista inglês John A. Hobson em ‘Imperialism: a study’, 1902) que arrastou duas guerras mundiais para entrarmos no ciclo da Revolução da Informação, desde que o efeito do transístor foi demonstrado em 1947. Mais tarde, Alvin Toffler baptizaria a nova era de ‘Terceira Vaga’.

Berry considera que “o impacto dessa revolução ainda estará nos 50%”. Falta a outra metade - o que significa que essa vaga está ainda repleta de oportunidades.


A luz ao fundo do túnel

Para este especialista, é provável que a actual brutal correcção bolsista e o abrandamento económico mundial que se espera para os próximos três a quatro anos sejam a parte mais dolorosa dessa transição. Mas como se trata de um ciclo, depois da tormenta virá a bonança.

A luz ao fundo do túnel advirá do facto que, depois destas dores prolongadas, seguir-se-á um período de crescimento como o que ocorreu até à 1ª Guerra Mundial ou como o que ficou conhecido como ‘os trinta gloriosos anos’ até ao segundo ‘choque petrolífero’ dos anos 1980.

O segredo da sobrevivência durante estes períodos dolorosos de transição é ter uma estratégia que minimize os efeitos da transição e que aponte para a ‘alavancagem’ do novo ciclo. Não só nas bolsas se deve agir de cabeça fria, em contracorrente ao pânico, como aconselha o investidor Warren Buffett.

As reflexões de Berry implicam, ainda, outro aspecto - não será muito apropriado comparar a situação actual com a de 1929 (o motivo mais habitual nalgum discurso catastrofista actual) ou continuar à espera de uma terceira guerra mundial, como a que ocorreu em 1939-1945, para ‘decretar’ o fim do ciclo.

Berry é um dos especialistas mundiais neste tipo de ciclos longos (mais apropriadamente designados por ondas longas) que o economista Joseph Schumpeter trouxe para a ribalta em 1939 repescando os estudos de um economista soviético, morto no gulag no ano anterior, de nome Kondratieff. A obra mais importante de Berry foi publicada há algum tempo - ‘Economic Development and Political Behavior’ (1991).

Jorge Nascimento Rodrigues


CICLO TERCEIRA VAGA

Peter Drucker teoriza a revolução do «management»

Período de crescimento do pós-guerra atinge o pico com os ’choques petrolíferos’

Arranca a terceira vaga da globalização

URSS ultrapassa EUA em poder mundial (1985) mas começa a desagregar-se

«Crash» de 1987 marca o ponto de viragem para a fase descendente do ciclo

Massificação do computador pessoal e da Internet

2º «crash» mais violento dos últimos 150 anos (Nasdaq, 2000/2002)

Emergência dos BRIC altera a ordem económica internacional

in EXPRESSO

Causas Sociais

... veja como o marketing de causas sociais pode aumentar exponencialmente as vendas em 74%, como revela o Cone/Duke University Behavioral Study 2008, validando que o marketing social pode influenciar significativamente a escolha do consumidor, resultando em receitas de milhões de dólares para as marcas.

Conclusões principais:
- aumento exponencial das vendas (74% e 28%) em 2 categorias de produtos de marketing de causas sociais
- 78% sente que as empresas devem manter as suas iniciativas de filantropia ou mesmo aumentá-las durante períodos económicos mais difíceis
- 79% mudaria de marca se associada a uma boa causa (contra 66% em 1993)
- educação 80%, desenvolvimento económico 80% e saúde 79% estão no topo das prioridades

O estudo de Evolução de Causas 2008 da Cone revela que "os consumidores querem sentir uma ligação entre a temática e a organização não lucrativa que preencha as suas necessidades pessoais" (Alisan DaSilva, EVP, Cone):
- 84% quer seleccionar a sua própria causa
- 83% afirma que a relevância pessoal é chave
- 80% acredita que organizações não lucrativas associadas a campanhas é importante
- 77% afirma que incentivos práticos de envolvimento, como tempo ou dinheiro, são importantes
- 65% afirma que incentivos emocionais de envolvimento, como fazê-los sentir-se melhor ou aliviar a culpa de compras, são importantes.

+info em http://www.coneinc.com

Se ainda não encontrou uma boa causa a que se associar, deixo a sugestão: Colabore connosco, ajudando-nos a inspirar a mudança através do apoio a iniciativas de Educação e Promoção da Saúde.

Rui Martins
rui.martins@dianova.pt
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