Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

Testemunhos...

Em Espanha existe uma iniciativa semelhante ao nosso projecto - Abraza la Tierra -. Embora mais virado para a recuperação de práticas tradicionais em aldeias despovoadas, o testemunho abaixo retrata de forma perfeita as motivações e as experiências de quem procura uma vida mais oxigenada.

Cidades Inteligentes

1. Quando, há um par de meses li Quente, Plano e Cheio (Thomas L. Friedman, Actual Editora) e, da pág 230 à pag. 242, li “como é que seria realmente viver numa revolução verde no ano 20 E.C.E – Era do Clima e da Energia”, pensei estar a ler a nossa nova utopia.

Enganei-me. Aquilo a que Friedman chama a “Internet da Energia” está aí, sob o nome menos futurista de “Smart Grids” ou “Redes Inteligentes”.

O Governo Australiano (por exemplo) lançou, em Outubro de 2009, a iniciativa “Smart Grids, Smart Cities” (Redes Inteligentes, Cidades Inteligentes, Uma Nova Direcção para Uma Nova Era da Energia) com quatro grandes objectivos: redução de custos e da conta dos consumidores, acesso a uma rede e a energia mais fiável e de qualidade, habituação e participação dos consumidores numa redução efectiva de emissões de carbono e incremento da eficiência energética e das energias renováveis, “empowerment” (capacidade de decisão) dos consumidores e mais transparência nas suas escolhas.

(Em Évora a EDP instalou o chamado “contador inteligente”, num projecto piloto…)


2. “Smart Cities” está hoje a entrar no vocabulário político, nas políticas europeias, nacionais e das cidades.

Cidade Inteligente pode ser aquilo que se é, com graus e em patamares diferentes. Mas mais importante: Cidade Inteligente é aquilo que se deve querer ser. Este conceito assenta em seis eixos centrais:

- “Economia Inteligente”- (competitividade): espírito inovador, espírito empresarial e empreendedor, capacidade de transformação

- “Pessoas Inteligentes” : qualificação, disposição para aprendizagem ao longo da vida, pluralismo cultural, social, étnico, criatividade, cosmopolitismo (“open mind”), participação na vida pública.

- “Governância Inteligente”: transparência e participação nos processos de decisão, existência de estratégias públicas, …

- “Mobilidade inteligente”: acessibilidades locais e internacionais, transportes públicos seguros, sustentáveis e inovadores

- “Ambiente Inteligente”: atractividade das condições naturais e protecção ambiental, gestão ambiental sustentável, …

- “Vivência Inteligente”: equipamentos culturais, equipamentos educativos, condições de saúde, segurança individual, coesão social…


3. O nosso distrito é um distrito assente numa rede de cidades bem interessantes e, em conjunto, de grande potencial.

Parcerias para Redes Inteligentes, Cidades Inteligentes, precisam-se.

Para uma nova geração de políticas de cidade.

in O Ribatejo, Nelson Carvalho

Portal do Empreendedor

A Associação Industrial Portuguesa- Confederação Empresarial, em parceria com o Gabinete de Estratégia e Planeamento (Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social), desenhou o projecto denominado "Plataforma do Emprego e do Empreendedorismo", que está a ser desenvolvido com o apoio do Programa Operacional de Assistência Técnica (POAT).

Trata-se de um projecto inovador que pretende abordar de forma simplificada mas abrangente o tema do empreendedorismo e do emprego, através da dinamização de uma plataforma web denominada Plataforma do Empreendedor e da realização de workshops.

mais informação no site da plataforma: Portal do Empreendedor

Regresso ao Campo




Como é a vida dos neo-rurais portugueses? Porque se decide ir viver para o campo?... Um documentário de Paulo Silva Costa, na RTP1

João Carvalho viveu onze anos em Londres. Teve êxito, mas fartou-se do frenesim citadino e dos horários das 9 às 5.

Optou por uma existência mais simples. Veio viver com a mulher e o filho recém-nascido para uma casa abandonada que descobriu através da internet e que comprou na Benfeita, em Arganil

Está a reconstruir a casa pelas suas próprias mãos. Só usa ferramentas manuais, e o mínimo de cimento ou de combustíveis fósseis.

O casal é vegetariano. Por isso, quando chega a hora de almoço, a mulher, Claire, tem apenas de descer às hortas abandonadas mais próximas para colher a próxima refeição. Também já fizeram vinho e cinquenta litros de azeite.

João desistiu propositadamente de uma vida com torradeiras e aquecimento eléctrico. Podia tê-la sem dificuldade, mas quer "viver com menos", como diz.



Claire e João são um exemplo de um grupo de novos rurais com crescente implantação nalguns partes esquecidas de Portugal, como é o caso da serra da Lousã ou do barrocal algarvio.

Os primeiros destes neo-rurais eram estrangeiros. Vinham de uma Europa Central então ameaçada por Chernobyl, à procura do últimos redutos naturais do Continente. Este movimento da populacão iniciou-se de resto já há décadas na Europa, mas só há pouco tempo ganhou alguma relevância social em Portugal.

Por cá, desde os anos quarenta do século passado que as migrações eram em direcção às cidades. Foi este êxodo rural que transformou Portugal num pais macrocéfalo, com um interior cada vez mais desertificado e a população concentrada no Litoral e sobretudo na área da Grande Lisboa.

"As pessoas abandonaram as áreas rurais e foram para as cidades à procura de trabalhos menos duros fisicamente, com remunerações mais elevadas ou pelo menos mais regulares, e à procura de melhores oportunidades para os filhos" - explica a geógrafa Teresa Alves, professora do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

Ir para a cidade era então visto como uma ascensão social, qualquer que fôsse a vida das pessoas lá.

Mas o mundo rural mudou muito nos últimos trinta anos. Os tractores substituiram o trabalho braçal, e os subsídios comunitários tornaram mais fácil viver no campo. Hoje em todo o lado há supermercados, a toda a parte se chega num instante graças às auto-estradas, e a internet tornou possível viver no campo mas trabalhar em funções que outrora só na cidade se podiam exercer.

Valorizaram-se também socialmente modos de vida desprezados num passado recente. E iniciou-se outra migração interna, a mudança para o campo dos ex-citadinos...



Agora, os geógrafos até já distinguem diferentes grupos destes "neo- rurais": há os que partem por motivação ecológica, os que na reforma regressam à terra natal, aqueles que se dedicam ao teletrabalho, e até os desempregados por causa da crise...

São algumas dessas pessoas que fizeram a opção de ir viver para o campo que o documentário vai encontrar.

Contata-se que os novos rurais portugueses são muitas vezes os netos ou os filhos dos que partiram para as cidades no século passado. Querem mudar de vida, tal como os seus pais e avós, mas têm outros valores.

"Valorizam o seu próprio tempo e modos de vida mais solidários" - conclui Teresa Alves - "e vão á procura de actividades em equilíbrio com a natureza. Também são pessoas que têm uma cultura de território, e que buscam um lugar específico onde possam ser felizes".

Um documentário de Paulo Silva Costa, com imagem de Rui Lima Matos, genérico de Pedro Cerqueira, edição de João Gama, sonorização de Luís Mateus e produção de João Barrigana.

Estreia na RTP1, 17 de Abril, às 21h15m.

52 min, © RTP 2010

Falhar, o segredo para o sucesso (2)

Projecto Pé de Fé: Transformar a passadeira vermelha numa causa social




Com a visita do Papa Bento XVI a Portugal, um grupo de pessoas decidiu perpetuar a memória da visita criando registos a partir de pequenos quadrados da alcatifa utilizada nas cerimónias oficiais.

E alguém se lembrou de associar essa ideia a uma causa social.

Vender os pequenos quadrados da alcatifa utilizada nas cerimónias oficiais e utilizar os lucros da operação para apoiar projectos sociais. Ajudando pessoas carenciadas a ter um tecto, roupa, comida, cuidados básicos de saúde… A minorar a dor dos que sofrem, dos que se sentem mais sós.

Catarina Holstein, professora da Universidade Católica Portuguesa, propôs a João Albuquerque e Ana Perestrello, alunos daquela universidade, que fossem coordenadores de toda a operação.

A adesão de vários parceiros a esta causa social foi imediata, contando com o apoio pro-bono das entidades que venham a associar-se a esta iniciativa.

No desenrolar deste projecto surgiu a ideia de criar a marca “Pé de Fé”.

Os resultados obtidos através da distribuição dos registos “Pé de Fé” vão ser usados para apoiar projectos de empreendedorismo e inclusão social, com a supervisão do Instituto de Empreendedorismo Social.

Para que isto seja possível e se torne realidade são necessárias pessoas para ajudar a PROMOVER, PRODUZIR e DISTRIBUIR ou para contribuírem com os seus donativos.

Projectos como este são a prova de que todos juntos vamos mais longe e de que existem pessoas capazes e disponíveis na nossa sociedade para ajudar quem mais precisa.

Equipa, Parceiros e Apoios

· Ana Perestrello

· Miguel Castelo Branco

· João Albuquerque (na foto)

· Leonor Gomes

· Manuel Forjaz

· Miguel Alves Martins

· Miguel Bragança

· Nuno Gonzaga

· Susana Ferreira

· Teresa Seabra Pereira

Entidades

· Easy Bus/Grupo Barraqueiro

· Euro RSCG Design

· Hero

· Ideiateca Consultores

· Instituto de Empreendedorismo Social

· Transporta

Toda a iniciativa está detalhadamente exposta neste blog onde pode ser acompanhada, com total transparência, toda a gestão do projecto.

Em caso de dúvida, DISPONIBILIDADE ou AJUDA envie um mail: registo.pedefe@gmail.com

Falhar, o segredo para o sucesso





Fomos ao blog Startupi pescar as frases mais sonantes de
Niklas Sennström, empreendedor sueco, co-fundador do Skype e de mais algumas criações online.
Reproduzimos algumas frases enviadas via twitter pelo
Diego Remus durante a conferência no INSPER, Brasil.

perca o medo de falhar

empreender não é emprego, mas estilo de vida

empreendedores não querem apenas impactar o mundo, mas também receber dinheiro

dê uma chance aos seus sonhos, mesmo se isso significar que talvez você falhe

há mais de 1,5 milhão de pessoas ganhando a vida vendendo coisas no eBay

governos, empreendedores e empregados não deveriam temer riscos, pois eles nos tornam
vencedores auspiciosos

empreender tem muito a ver com falhar e tem gente que usa isso como desculpa para não fazer (RT @BobWollheim)

a base da pirâmide pode ser a fonte de novos ciclos econômicos, desde que se abrace o risco
“pessoas são o melhor tipo de capital

se não há mercado, não há negócio

falhar é simplesmente a oportunidade de começar novamente, dessa vez com mais inteligência”(citação de Henry Ford, RT @marinamiranda)

as pessoas acham que os empreendedores são aqueles que não conseguem emprego, mas eu tinha um

mesmo grupos grandes e tradicionais tiveram um início empreendedor

e daí, se você falhar? Você aprendeu algo, talvez tanto quanto na faculdade

falhar é a forma mais intensiva de fazer pesquisa de mercado

We cannot NOT change the world

Venture Capital 2010

O fim anunciado dos escritórios




Se o vídeo matou a estrela da rádio, a Web 2.0 poderá vir a matar os escritórios convencionais: de acordo com um estudo no qual participou a Microsoft, a recessão, os dispositivos móveis e a geração que está a crescer com as redes sociais irá revolucionar o mundo do trabalho - haverá cada vez mais pessoas a trabalharem a partir de casa ou remotamente, poupando às empresas os custos de manutenção de um lugar fixo de trabalho. Com o fim anunciado dos telefones de secretária, poderão as próprias secretárias desaparecer?


De acordo com a Computer Weekly, o estudo - produzido por académicos, think tanks do sector público britânico e o Institute of Directors (uma organização britânica que luta pelos interesses dos directores de empresas) - poderá vir a ter um impacto profundo na organização das empresas. Cada vez mais o objectivo será o de dar liberdade de movimentos aos directores das empresas e aos seus funcionários, especialmente daqueles que trabalham no sector das novas tecnologias.

As empresas usarão a tecnologia para se descartarem dos seus escritórios fixos e possibilitarem ao seu pessoal o acesso a escritórios em edifícios partilhados (com outras empresas), ou permitindo-lhes trabalhar de onde quiserem, prevê o relatório.

“As poupanças no curto prazo centrar-se-ão no espaço de escritório. Na melhor das hipóteses, apenas 55 por cento do espaço é ocupado em determinado momento, deixando 45 por cento do espaço por usar. Isso é o equivalente a 45 por cento do valor total que custa manter um escritório”, indicou Dave Coplin, que trabalha para a Microsoft Reino Unido.

Este estudo alerta ainda para os benefícios para a empresa resultantes do uso de redes sociais pelos seus trabalhadores, em vez de as tornarem inacessíveis. “Há aqui uma mensagem para as organizações que bloqueiam ferramentas como o Twitter. Não podem continuar a fazer isso, porque estão a restringir a actividade das pessoas. Confiem na segurança das vossas redes e afrouxem um pouco o vosso controlo”, disse Coplin.

O estudo prevê igualmente que se podem tornar comuns situações de trabalho em que há pessoas de várias empresas diferentes a trabalharem debaixo do mesmo tecto. Ao mesmo tempo que partilham o espaço, os trabalhadores podem igualmente partilhar ideias com pessoas de outros ramos de actividade, com benefícios para todos, prediz o estudo. “Isso já está a acontecer em cidades como Londres, Birmingham e Manchester. Há escritórios que não são detidos por nenhuma organização em particular. Há café, luzes e tomadas ligadas à electricidade”, indicou o mesmo responsável da Microsoft.

“Já temos vindo a falar da morte do telefone de secretária. Agora estamos a falar da morte da própria secretária. Não se trata apenas de trabalhar a partir de casa. Há muitas razões para se trabalhar a partir de um número variado de localizações”, frisou Coplin.


in Publico, por Susana Almeida Ribeiro
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