Novos Povoadores®

Apoiamos a instalação de negócios em territórios rurais

"Como prevenir a perda de clientes no processo de relocalização da minha empresa?"

Quando pensamos na transferência da nossa empresa para uma zona rural, sentimo-nos assaltados pelo receio da perda de clientes, mesmo para as empresas que foram criadas após a massificação da internet.
Todos os negócios passam pela confiança entre os seus interlocutores, sendo fundamental o contacto pessoal nessa construção.

Para os empresários, a par do projeto de migração familiar para um contexto mais sustentável, surge a pergunta sacramental: "Como prevenir a perda de clientes no processo de relocalização da minha empresa?"

As tecnologias de comunicação não presencial ajudam nessa tarefa, em particular as redes sociais.
Mas não é tudo.
A participação em eventos relevantes para o mercado em que opera, ganha uma renovada importância.
Marcar presença nesses eventos é fundamental para não perder essa ligação.

Para além disso, essa migração permitirá optimizar custos de funcionamento da empresa, permitindo reduzir os valores de venda sobre os serviços prestados. E esse factor, no actual contexto, permitirá crescer em quota de mercado.

Bons negócios!

How To Create A Pop-Up Coworking Space


The sharing economy is a new way of living in which access is valued over ownership, experience is valued over material possessions, and "mine" becomes “ours” so everyone's needs are met without waste.

This new paradigm means that spaces and services become more temporary: they "pop-up" to meet a need or facilitate a community, and fade away or change forms when the need has been filled.

We've already explored ways that the coworking movement has capitalized on the pop-up concept to introduce mobile professionals to this new style of collaborative work.

Now, here are some tips for creating your own pop-up coworking space!

Location, Location, Permission - The best pop-up spaces are those located in heavily trafficked areas or permanent spots that are ideal for members of the mobile workforce.

Past pop-up coworking spaces include museums, art galleries, parks, vacant store fronts, clothing stores, book stores, airports, conferences, farmers' markets, and even RVs. Just remember is that pop-up does not equal flash-mob.

Make sure you inform property owners of your desire to host a coworking gathering and get their express permission. Even if the space is public, like a park or city square, you probably still need permission to occupy it. Keep in mind that collaborating in this way is the first step toward building a permanent community!

Power/Internet/Furniture - Once you've got a space locked down, it's time to think about making it as comfortable as possible for those who participate. If you're working with a private space, ask the owner or landlord about using existing power supplies, internet, furniture and electronics.

If it's a vacant or outdoor space, you'll need to make sure power and Wifi is available. This can be achieved by pooling together personal hot spots, or asking a local internet provider to sponsor the event.

One you've got the necessary power and connectivity, think about visiting a local thrift store or browsing Craig's List for free tables and chairs. If you're confident in your core community, ask people to bring spare tables and chairs, or connect with a local business that might donate some furniture in exchange for a chance to increase awareness about their newest products.

Handle The Hype - OK, now you've got the space and something to sit on... It's time to focus on getting people interested! Pop-up stores are wildly successful because they represent a chance to interact with something brand new or exclusive. There are lots of ways to build hype about your pop-up coworking space, especially through social media.

Share tiny clues about the location each day leading up until the opening.
Make it an invite-only event.
Make it exclusive for freelancers for one or two industries.
Promise the presence of local celebrities.
Inform the press.
Offer coffee, beer, food or the chance to win something.
Emphasize the chance to meet, network, and collaborate with other local freelancers and small business owners.
What if your community already has coworking?

Pop-up coworking is a versitile event . It can be used to generate awareness in a community that lacks a coworking space, or to demonstrate the casual nature of coworking in a community that already has one or more spaces. Some have used a pop-up event to gague community interest in coworking before making plans to open a more permanent space, or as an overflow option when the current space is full.

How long should it last?

The beauty of pop-up spaces is that they don't have to last forever, and you shouldn't force them to become permanent. Best practices say that anything from a weekend to 2 weeks is plenty of time at a single location. Remember, the whole point is to leave them wanting more! If you're planning to pop-up again in a new location, make sure attendees know to watch for more clues about where and when it will be.

What if the pop-up coworking space is a big success?

If lots of people show up for your pop-up event and you get the feeling that they don't want it to go away, think about moving into the more structured but still-casual Jelly format.


in Shareable

COWORK: Muitos profissionais freelancers queixam-se que trabalhar em casa provoca isolamento

Tendências que vão transformar a forma como as empresas atuam

O mundo do trabalho já sofreu alterações profundas nos últimos 20 anos, graças às tecnologias e à evolução das práticas de gestão. E, de acordo com a consultoria Gartner, mudanças ainda maioires estão por vir nos próximos dez anos, quando questões como a falta de rotina e a hiperconectividade afetarão diretamente o mercado e as empresas.

Para a Gartner, um dos principais pontos de mudança será o fato de que as organizações terão menos rotinas. Até 2015, a consultoria projeta que 40% ou mais das corporações trabalharão dessa forma, contra menos de 25% neste ano. Além disso, as pessoas dependerão cada vez mais do trabalho em equipe, o que exigirá tecnologias que garantam a comunicação e a interação entre as pessoas.

Para ajudar as companhias a prever cenários futuros e se preparar para novos ambientes de trabalho, a Gartner listou as dez grandes mudanças para os próximos anos, que impactarão diretamente na TI.

1 – Valorização do trabalho que depende da interação humana
O principal valor das pessoas estará na capacidade de realizar processos que fujam da rotina. As contribuições humanas que resultem em descobertas e inovações estão incluídas nessa categoria. O foco do uso da tecnologia, nesse caso, deve ser muito bem direcionado para estimular uma integração e interação entre os profissionais para estimular ideias e discussões.

2 – Grupos de trabalho
A Gartner prevê também uma disseminação dos trabalhos em grupo para atacar, de forma rápida, problemas específicos e difícil solução. Segundo a consultoria, esse formato de trabalho será muito mais valorizado e premiado que as ações individuais. Além disso, tende a mudar o atual forma do trabalho em equipe, já que dependerá de pessoas de diversas áreas da organização.

3 – Relacionamento em cadeia
Com a adesão aos modelos de trabalho em grupo, os profissionais têm de lidar melhor com as relações em cadeia. Assim, as pessoas precisam explorar o networking (rede de contatos) para buscar os indivíduos mais adequados para resolver problemas e buscar alternativas. Essa postura é crucial para o sucesso das iniciativas em grupo e para o consequente resultado para os negócios.

4 – Equipes externas
A organização não tem controle sobre alguns grupos informais externos de pessoas que podem ter impacto direto no sucesso ou no fracasso da empresa. Esses grupos estão ligados por interesses comuns, incidentes específicos, entre outras razões. Os executivos mais habilidosos sabem conviver com um ecossistema de negócios fora do controle da companhia, com seu poder de influência. Esse poder depende do entendimento sobre o potencial coletivo e da identificação das pessoas-chave nos grupos informais, já que é fundamental reunir inteligência de marketing por meio desses grupos. Igualmente importante é descobrir como usar os grupos para definir segmentos de mercado, produtos e diversas estratégias de negócios.

5 – Processos informais
As empresas precisam detectar todo tipo de processo que foge da rotina, mas que contribui para a tomada de decisões. Segundo a Gartner, essas ações informais tendem a ganhar cada vez mais força no longo prazo. E a única forma das organizações se prepararem para isso é criar rascunhos com os principais modelos de processos.

6 – Trabalho espontâneo
Outro conceito incluído na descrição do novo ambiente das empresas é o trabalho espontâneo, o qual não depende de processos ou de funções específicas. A consultoria prevê que boa parte dos projetos tende a nascer a partir desse tipo de iniciativa não programada.

7 – Simulação e experimentação
A imersão em ambientes simulados, similares aos que puderam ser visto no filme Minority Report, substituirá a extensa análise de células em planilhas. O ambiente simulado será construído a partir de tecnologias que consigam identificar como reunir elementos baseados na forma como as pessoas interagem com o conteúdo. As pessoas, por sua vez, têm a possibilidade de manipular uma série de parâmetros para reformular o mundo virtual.

8 – Sensibilidade a novos padrões

O mundo dos negócios está ficando mais volátil e já não admite uma postura linear, na qual as experiências passadas baseiam modelos futuros. A tendência é de um mercado cada vez menos previsível, razão pela qual algumas organizações já criam grupos especificamente para detectar padrões emergentes, avaliar essas tendências e desenvolver cenários sobre a influência das grandes mudanças e como explorá-las.

9 – Hiperconectividade
O caráter hiperconectado já está presente na maioria das organizações, que abrangem redes em cima de redes, sobre as quais é difícil manter controle. Com esse cenário, haverá cada vez mais misturas entre relações formais e informais nas relações corporativas, impactando an forma como as pessoas trabalham e na função do departamento de TI, que deve estar preparado para apoiar e aumentar as conexões.

10 – Caem barreiras entre vida profissional e pessoal
O local de trabalho é cada vez mais virtual e os encontros de negócios acontecem entre pessoas que mal se conhecem. Mas o funcionário ainda terá seu local físico de trabalho, mesmo que seja em casa. Com isso, a tendência de muitos é que as linhas que separam vida pessoal, profissional, social e familiar desapareçam. Cada indivíduo precisa gerenciar a complexidade criada por demandas que se sobrepõem. Quem não souber administrar essa situação pode ter o desempenho comprometido, pois acabará se deparando com o excesso de informação.


Por Redação da Computerworld

O fim anunciado dos escritórios




Se o vídeo matou a estrela da rádio, a Web 2.0 poderá vir a matar os escritórios convencionais: de acordo com um estudo no qual participou a Microsoft, a recessão, os dispositivos móveis e a geração que está a crescer com as redes sociais irá revolucionar o mundo do trabalho - haverá cada vez mais pessoas a trabalharem a partir de casa ou remotamente, poupando às empresas os custos de manutenção de um lugar fixo de trabalho. Com o fim anunciado dos telefones de secretária, poderão as próprias secretárias desaparecer?


De acordo com a Computer Weekly, o estudo - produzido por académicos, think tanks do sector público britânico e o Institute of Directors (uma organização britânica que luta pelos interesses dos directores de empresas) - poderá vir a ter um impacto profundo na organização das empresas. Cada vez mais o objectivo será o de dar liberdade de movimentos aos directores das empresas e aos seus funcionários, especialmente daqueles que trabalham no sector das novas tecnologias.

As empresas usarão a tecnologia para se descartarem dos seus escritórios fixos e possibilitarem ao seu pessoal o acesso a escritórios em edifícios partilhados (com outras empresas), ou permitindo-lhes trabalhar de onde quiserem, prevê o relatório.

“As poupanças no curto prazo centrar-se-ão no espaço de escritório. Na melhor das hipóteses, apenas 55 por cento do espaço é ocupado em determinado momento, deixando 45 por cento do espaço por usar. Isso é o equivalente a 45 por cento do valor total que custa manter um escritório”, indicou Dave Coplin, que trabalha para a Microsoft Reino Unido.

Este estudo alerta ainda para os benefícios para a empresa resultantes do uso de redes sociais pelos seus trabalhadores, em vez de as tornarem inacessíveis. “Há aqui uma mensagem para as organizações que bloqueiam ferramentas como o Twitter. Não podem continuar a fazer isso, porque estão a restringir a actividade das pessoas. Confiem na segurança das vossas redes e afrouxem um pouco o vosso controlo”, disse Coplin.

O estudo prevê igualmente que se podem tornar comuns situações de trabalho em que há pessoas de várias empresas diferentes a trabalharem debaixo do mesmo tecto. Ao mesmo tempo que partilham o espaço, os trabalhadores podem igualmente partilhar ideias com pessoas de outros ramos de actividade, com benefícios para todos, prediz o estudo. “Isso já está a acontecer em cidades como Londres, Birmingham e Manchester. Há escritórios que não são detidos por nenhuma organização em particular. Há café, luzes e tomadas ligadas à electricidade”, indicou o mesmo responsável da Microsoft.

“Já temos vindo a falar da morte do telefone de secretária. Agora estamos a falar da morte da própria secretária. Não se trata apenas de trabalhar a partir de casa. Há muitas razões para se trabalhar a partir de um número variado de localizações”, frisou Coplin.


in Publico, por Susana Almeida Ribeiro

Living Labs and Open Innovation

Living Lab” trata de experimentação e de co-criação com utilizadores reais em ambientes da vida real.

Nestes ambientes os utilizadores juntamente com investigadores, empresas e instituições procuram em conjunto novas soluções para satisfazer outro conjunto de necessidades, através de novos produtos, serviços ou modelos de negócio.

Uma implementação prática de “Living Lab” pode e deve ser estabelecida como um projecto de ambiente em Inovação aberta, com comunidades temáticas em Inovação aberta e num processo para colocar o trabalho e a gestão das facilidades de infra-estruturas dos Living Lab num ambiente que gere projectos inovadores.

Essas facilidades existentes nas infra-estruturas podem ser:

Ajudas para o registo de patentes

Facilitação da comunicação

Interacção com os participantes ou constituintes através do uso de Web 2.0

Os Living Labs abordam o envolvimento da sociedade, sobre a promoção da inovação numa base da sociedade, envolvendo universidades, PME, instituições públicas e grandes empresas num processo de inovação aberta, e porque acontece em ambientes reais, tem um impacto imediato.

Os Living Labs procuram colmatar lacunas e como ecossistemas flexíveis que são, podem fornecer uma procura substancial de inovação por envolver de forma interactiva uma série de actores em que o condutor do processo é o utilizador.

O conceito de Living Lab desempenha um papel crucial em manter os utilizadores continuamente envolvidos, para que as suas expectativas sejam acompanhadas e possam participar na construção melhores produtos e serviços.

Um dos casos que pode ser inserido nesta abordagem é a criação de um novo (2009) Living Lab da rede europeia focado na inovação aberta no campo da iluminação, com destaque para a eficiência energética. Os criadores deste Living Lab português são o município de Águeda, a Universidade de Aveiro e várias empresas.

A participação dos utilizadores é uma das mais importantes fontes de ideias inovadoras.

Estas ideias estão consagradas não só em documentação da comunidade europeia, como noutros documentos dos quais deixo aqui exemplo.

“As the adoption (or integration) of a living labs approach has important implications, for its implementation into existing regional instruments of innovation it should be taken into account the specific situation in particular regions. Implementing the living lab concept into the existing instruments and policies requires the collaboration among key stakeholders at the regional and cities level, such as public administrations, regional and city development agencies, research institutes and companies as well as cities as end-users and also co-creators of innovations. Such collaboration could very well be agreed in a public-private partnership programme for regional innovation. Such a structure would avoid already the fragmentation of projects and difficulties to pass the phases of applications development and prototyping, often found in current innovation programmes. The region-wide collaboration and coordination would at least establish the conditions for systematic networking and exchange, reuse and sharing of knowledge and technologies, and scaling up and roll out.” – LIVING LABS AND OPEN INNOVATION POLICY IN REGIONS FOR THE BENEFIT OF SMES

in INTUINOVARE

“Coworking” reúne profissionais de diferentes áreas no mesmo espaço



Alguns são estilistas, outros programadores e outros escritores, mas todos estão unidos por um mesmo motivo: cansados do isolamento e de trabalhar na solidão de suas casas, decidiram compartilhar um escritório.

Trata-se do coworking, uma tendência cada vez mais popular nos Estados Unidos e que consiste em compartilhar o espaço de trabalho com outros profissionais, mesmo que não pertençam à mesma empresa nem realizem tarefas parecidas.

Os locais de coworking estão ganhando adeptos à medida que cresce no país o número de autônomos e de pessoas que trabalham em casa.

Segundo as últimas informações fornecidas pelo escritório federal de estatística, entre 2000 e 2005 foram registradas mais 4 milhões de empresas compostas por apenas uma pessoa.

Paralelamente, o aumento do preço da gasolina está encorajando muitos trabalhadores dos Estados Unidos --onde é habitual viver a muitos quilômetros do escritório-- a negociarem com suas empresas para poder trabalhar parcialmente em casa.

Calcula-se que cerca de 26 milhões de americanos trabalham em seus domicílios pelo menos um dia por semana, o que equivale a 18% da população empregada no país.

Entretanto, ter o escritório a poucos metros do sofá também cansa. A falta de companheiros e de uma clara divisão entre o espaço de trabalho e lazer pode ser psicologicamente dura para muitas pessoas.

Uma solução simples e econômica é o "coworking". Os locais que oferecem esse serviço estão se multiplicando nas grandes cidades americanas.

Com tarifas que ficam em cerca dos US$ 250 por mês, estes lugares oferecem mesa, conexão de internet, café de graça e, o mais importante, a possibilidade de se relacionar com outros profissionais na mesma situação.

Tendência forte

Por um pouco mais de dinheiro as pessoas podem usar outros serviços como salas de reuniões e até uma mesa cativa ou o acesso ao local a qualquer hora do dia.

Na Sandbox Suites, um dos muitos locais de San Francisco dedicados ao coworking, as tarifas variam de US$ 20 por dia para os visitantes esporádicos a até US$ 545 por mês para aqueles que querem dispor de uma escrivaninha própria permanente.

"Desde que comecei a trabalhar aqui, há cinco meses, o número de visitantes não parou de crescer e não parece que a tendência vá mudar", diz Dominick Del Bosque, um dos responsáveis pela Sandbox Suites e produtor de cinema independente.

Muitos dos clientes assíduos da Sandbox Suites costumavam trabalhar antes em cafés, mas, segundo Del Bosque, passaram para o coworking após a primeira visita ao local.

"Para começar, nós oferecemos conexão à internet e todos os serviços de um escritório, mas, sobretudo, aqui as pessoas encontram proximidade com outros. Em um Starbucks o profissional ficará cercado de pessoas que não têm interesse algum no que você está fazendo", declarou.

Um dos freqüentadores da Sandbox Suites é David Pascual, espanhol estabelecido em San Francisco que trabalha para o site YourStreet.com.

"Em nossa empresa, estamos espalhados pelo mundo. Aqui, somos apenas dois", diz ele. "Para uma pequena companhia com interesse em fazer contatos, é positivo ter um espaço no qual pode colaborar com mais pessoas e, além disso, é mais barato que alugar um escritório."

Como David Pascual, muitos visitantes habituais da Sandbox Suites têm ocupações ligadas à internet, para as quais o lugar físico de trabalho é secundário.

"Até certo ponto, eu poderia trabalhar até de Barcelona", reconhece Pascual, "mas estar aqui me oferece a possibilidade de ter um ambiente no qual seja possível me conectar a outros e fazer crescer um pouco o negócio".

FONTE: Folha Online

in Vida Curiosa

Cafés de SP viram escritórios online


Crescem opções para trabalhar fora do ambiente tradicional

O escritório do designer gráfico Daniel Arantes é o mundo. Aos 23 anos, recém-formado e ainda morando com os pais em um apartamento no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, ele trabalha com amigos em uma cafeteria dessas com acesso sem fio à internet. Faz trabalhos para uma revista produzida em Barcelona, tem um site colaborativo com outros designers ingleses e americanos, teve dois desenhos publicados num livro japonês e já foi convidado até para trabalhar em Lisboa e Paris. "Aprendi um pouco de espanhol só pelos e-mails trocados com os profissionais da Espanha", conta ele. "Quando fui convidado para trabalhar na França, eu nem consegui entender o e-mail e achei que era propaganda. O bom disso tudo é que tenho a liberdade de trabalhar do jeito que quero e ter a rotina que me dá vontade."

Talvez os vocábulos "trabalho" e "rotina" logo necessitem de uma definição um pouquinho diferente nos Aurélios. Ao juntar essas duas palavras numa mesma frase, logo se pensa em baias apertadas, chefes, horários, reuniões, relatórios de produtividade, departamento de recursos humanos, máquinas de café solúvel e todos os outros rituais e discursos da vida corporativa. Mas algo já está mudando nessas percepções, numa velocidade superior ao que muita gente está conseguindo perceber ou mesmo acompanhar. Diversos escritórios da cidade já relaxaram seus expedientes, principalmente as empresas "pontocom", sempre tentando transformar seus ambientes em lugares mais criativos. Na Predicta, por exemplo, uma empresa de tecnologia na Vila Olímpia, zona sul, os funcionários podem jogar videogame na televisão de plasma no meio do expediente e pegar uma cerveja na máquina de refrigerantes.

A tecnologia também está fazendo muitas pessoas virarem os próprios chefes e trabalharem por conta, sem perder com isso a troca de idéias e de experiências típica dos escritórios. Em cafeterias como Starbucks, Suplicy e Fran?s Café, é cada vez mais comum ver grupos trabalhando em seus laptops enquanto tomam um cappuccino. "Tem gente que cansou de ficar em casa trabalhando sozinho, enfurnado, e agora faz amigos em cafés e tem a chance de trocar conhecimento com outros profissionais iguais a ele", diz Henrique Bussacos, administrador de empresas que se cansou do ambiente corporativo e agora mantém um site com a ajuda de free lancers que se encontram semanalmente no café da Livraria da Vila, na Vila Madalena. "Vira quase um escritório casual."

EXPERIÊNCIA INOVADORA

No começo de 2008, São Paulo terá uma das experiências mais inovadoras no quesito "novas formas de trabalhar". A exemplo de Londres e Berlim, a cidade ganhará um Hub SP, uma espécie de escritório comunitário com internet sem fio, onde qualquer um pode levar seu computador e trabalhar lá. O local já está em construção, no número 409 da Rua Bela Cintra. Conforme palavras de seus idealizadores, o Hub será um espaço para conectar pessoas, alavancar projetos inovadores e inspirar transformações.

"Poucas vezes uma idéia genial surge na frente do computador, dentro de uma corporação", diz Pablo Handl, principal organizador do Hub. Para trabalhar lá, seja qual for seu projeto, será preciso pagar uma espécie de "taxa de estacionamento" - no início, mesmo que seja para ficar o dia inteiro, esse valor não deve passar dos R$ 400 mensais. "Queremos ter um espaço onde essas idéias apareçam naturalmente, onde as pessoas conversem, troquem informações. É o escritório do futuro para incubar as organizações do futuro."

in Estadao.Com.Br, Rodrigo Brancatelli
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